Política
Publicado em 27/06/2017, às 18h38 Folhapress
O subprocurador-geral da República Nicolao Dino foi o nome mais votado por integrantes do Ministério Público Federal para chefiar a Procuradoria-Geral da República a partir de setembro. A eleição foi realizada nesta terça (27) e se encerrou às 18h.
Com 621 votos, Dino vai compor uma lista tríplice ao lado dos subprocuradores-gerais Raquel Dodge, que teve 587 votos, e Mario Bonsaglia, que recebeu 564 votos.
Oito candidatos concorreram. Dino é visto como o nome mais próximo do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, cujo mandato termina em 17 de setembro. Ele foi o mais votado pelos colegas no dia em que o presidente Michel Temer atacou Janot, após ser denunciado sob acusação de corrupção passiva.
A lista tríplice, organizada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), será entregue a Temer, a quem compete escolher o novo procurador-geral. Pela Constituição, Temer pode indicar qualquer membro da carreira com mais de 35 anos de idade. Porém, desde 2003, no governo Lula, o presidente da República tem escolhido o mais votado.
Temer tem dado sinais de que observará a lista tríplice, mas não tem garantido a indicação do primeiro nome.
Segundo a ANPR, votaram nesta terça 1.108 procuradores da República, 85% do total, de 1.302. Cada votante podia escolher até três nomes –por isso a soma dos votos recebidos por cada candidato ultrapassa o número de eleitores.
PERFIS
Dino notabilizou-se como vice-procurador-geral eleitoral ao ter pedido a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob acusação de abuso de poder político e econômico na eleição de 2014. Por 4 votos a 3, o TSE absolveu a chapa.
Natural do Maranhão, Dino ingressou no MPF (Ministério Público Federal) em 1991, já foi conselheiro do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e coordenou a Câmara de Combate à Corrupção.
A segunda da lista, Raquel Dodge, ingressou no MPF em 1987, atua no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na área criminal e já coordenou a Câmara Criminal. Ela ficou conhecida por conduzir a Operação Caixa de Pandora, em 2009, que revelou o chamado mensalão do DEM.
Bonsaglia, terceiro colocado, é de São Paulo, ingressou no MPF em 1991 e atua no STJ na área criminal e de direito público. Coordenou, até o ano passado, a Câmara de Coordenação e Revisão, que trata do sistema prisional e do controle externo da atividade policial.
Classificação Indicativa: Livre
Metade do preço
Café perfeito
iPhone barato
Qualidade Stanley
Cinema em casa