Política

MP intermedeia nova negociação para integração metrô-ônibus

Publicado em 28/07/2017, às 20h19   Juliana Nobre


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Uma nova reunião entre a prefeitura de Salvador e o governo do estado para uma definição da integração entre metrô e ônibus acontece no próximo dia 7. Em conversa com o BNews na noite desta sexta-feira (28), o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster reforçou que o Estado não fará transferência de subsídio para a prefeitura.

O secretário subiu o tom e determinou que a prefeitura “pare de dizer que faz integração de 50%” do sistema. Segundo Dauster, a integração só atinge 4% da população, considerando um número pífio diante do número dos usuários de transporte urbano. “Não aceitaremos repassar dinheiro”, disse.

O governo estudou a proposta da prefeitura, mas, segundo o secretário, ela é “incompleta” e “inconsistente”. “Estudamos a proposta e depois vimos que era muito incompleta porque a proposta, por exemplo, não resolvia a questão dos passageiros dos ônibus metropolitanos e a população continuaria pagando duas passagens, o que é um absurdo. Não resolvia as linhas que correm ao lado do metrô. A proposta não resolvia a questão da racionalização do sistema”, ressalta.

Em contraponto, o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, rebateu as declarações de Dauster. O gestor reforça que a integração ideal é a divisão meio a meio da passagem, o que o governo do estado não aceita. Para isso, a prefeitura sugeriu que o governo reduzisse 4% do valor do ICMS que incide sobre o combustível, como contrapartida para a integração total, o que, segundo Dauster, não ocorreu até hoje.

“Nós não estamos pedindo dinheiro. Foi o prefeitura que passou mais de 2 bilhões e meio de reais para viabilizar o metrô. Estamos pedindo uma divisão de meio a meio. Eles disseram que não podia fazer. Queremos a integração plena e não a calça curta que o governo do estado quer fazer”, disse Mota referindo-se ao transporte complementar que terá edital publicado pelo governo do estado caso não chegue a uma acordo com a prefeitura.

Na prática, a prefeitura quer metade do valor da passagem. Atualmente a divisão do sistema é de 60% para o metrô e 40% para os ônibus. A redução do ICMS em 4%, segundo Mota, equivale a essa divisão meio a meio.

Já o governo do estado propõe corte das linhas de ônibus em torno do metrô, integração dos passageiros metropolitanos sem cobrar tarifa e a integração de 100% das linhas.

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