Política

Moro diz que Lula tem como provar caso tenha feito pagamentos de obras em sítio

Publicado em 02/08/2017, às 14h24   Redação BNews



Na decisão que colocou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no banco dos réus da Lava Jato mais uma vez, o juiz federal Sérgio Moro afirmou que se o petista pagou pelas obras do sítio de Atibaia, terá facilidade em comprovar. A informações é do Blog do Fausto Macedo, do jornal Estadão. Lula é réu por corrupção e lavagem de dinheiro, pois seria o beneficiário das reformas de R$ 1,020 milhão na propriedade rural.

“Se o ex-presidente da República arcou com as despesas da reforma terá facilidade para produzir a prova documental pertinente durante o curso da ação penal, uma vez que, usualmente, transações da espécie são feitas mediante registros documentais e transferências bancárias”, anotou Moro.

Mas, Moro alegou que ‘não há qualquer registro de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha pago qualquer valor por essas reformas realizadas no Sítio de Atibaia’. O magistrado ainda lebrou que os elementos probatórios do Ministério Público e da Polícia Federal apontam que pessoas e empresas envolvidas em acertos de corrupção em contratos da Petrobrás, como José Carlos Cosa Marques Bumlai, o Grupo Odebrecht e o Grupo OAS, custearam as reformas tendo por propósito beneficiar o ex-presidente.

Segundo o Ministério Público Federal, nas reformas do sítio foram gastos R$ 150.500,00 por José Carlos Costa Marques Bumlai ‘com o auxílio de Rogério Aurélio Pimentel (segurança de Lula) e de Fernando Bittar (formal proprietário do sítio)’, mais R$ 700 mil pela Odebrecht e R$ 170 mil pela OAS.

O advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que a nova decisão de Moro é um "atentado ao Estado de Direito praticado por esse agente público".

"Mais uma vez trabalha com conceito de “propriedade de fato” embora o sítio referido na denúncia tenha proprietários conhecidos, que constam na matrícula do imóvel e que provaram a utilização de recursos próprios e lícitos para a compra do bem, e, ainda, que suportam despesas de sua manutenção", apontou.

Já Roberto Teixeira afirmou que Moro tenta intimidar a defesa do ex-presidente ao abrir uma ação penal contra ele, um dos advogados do ex-presidente. "Sempre atuei de acordo com a lei e a ética profissional. A decisão é um atentado contra a advocacia e o Estado de Direito”, afirmou.

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