Política

Lava Jato diz que não teve acesso a sistema de propinas da Odebrecht

Publicado em 07/08/2017, às 06h18   Redação BNews


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O MyWebDay, sistema que a Odebrecht usava para gerenciar a contabilidade das propinas que pagava, não foi até hoje acessado pelo Ministério Público Federal, de acordo com a colunista Mônica Bergamo. A afirmação, do procurador Deltan Dallagnol, foi feita à Justiça em resposta aos advogados de Lula, que querem conhecer o explosivo material.
Segundo a publicação, a descoberta do arquivo-bomba, quando uma funcionária do departamento de propinas da empreiteira foi presa, causou furor em 2016 –e empurrou a Odebrecht para a delação. Na época era tido como certo que o software mostraria ordens de pagamentos não apenas a políticos mas também a integrantes do Judiciário, da diplomacia e de tribunais de contas, por exemplo.
Segundo Dallagnol, a Suíça, onde as informações foram armazenadas, nunca compartilhou os dados. Hilberto Mascarenhas, diretor da Odebrecht, afirmou que tinha a chave de acesso ao sistema. Mas depois voltou atrás e disse que se desfez dela. Até o DoJ, departamento de Justiça dos EUA, se envolveu na tentativa de abertura do dispositivo. Mas ele é aparentemente inviolável.
Ainda de acordo com a coluna, o mistério do arquivo virou mais um motivo de discórdia entre Dallagnol e os defensores de Lula. Eles insistem que o MP tem o material. E querem acessá-lo porque acreditam poder reforçar a tese de que Lula não recebeu dinheiro da empreiteira.
Por fim, a publicação detalha que as poucas planilhas do MyWebDay que aparecem em algumas delações estariam em correspondências antigas trocadas entre diretores da empresa.

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