Política

Pedro Simon: problema da corrupção é a impunidade

Imagem  Pedro Simon: problema da corrupção é a impunidade
Senador do PMDB quer fazer movimento pela ética, moral e seriedade  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/08/2011, às 08h47   Redação Bocão News




A frente suprapartidária de combate à corrupção e à impunidade lançada no Senado, na última segunda-feira (15), terá sua primeira reunião oficial na próxima terça-feira (23), na Comissão de Direitos Humanos para discutir a proposta do grupo liderado pelo senador Pedro Simon (PDMB-RS) de criar um movimento que ganhe as ruas no estilo Diretas Já.  Em entrevista ao jornal o Globo, o senador diz que todo mundo rouba e ninguém vai para a cadeia, se naquela época o movimento caiu na piada antes do povo ir às ruas, hoje ele já conta com o apoio de 22 senadores e de importantes segmentos da sociedade.

Questionado sobre onde está a concentração da corrupção, Simon é objetivo. “Na impunidade. Todo mundo rouba à vontade e ninguém vai para cadeia”, declarou. Para o senador esse é o grande problema. “Não pense que corrupção é coisa do Brasil. No mundo inteiro tem corrupção, mas no mundo inteiro o corrupto vai para cadeia. Repare no escândalo que fizeram aqui com as algemas? No Brasil, a impunidade é uma pífia realidade”, desabafou Simon.

Ele destaca que o objetivo agora é fazer o movimento pela ética, pela moral, pela seriedade, e que a sociedade participe . O senador deixou claro que a intenção é fazer com que o combate à corrupção chegue até o povo, para ele, somente uma CPI criada dentro do congresso não seria o suficiente, inclusive, ele mesmo assinou a CPI da corrupção, mas acredita que “se ficar só no Congresso, só no Executivo e só no Judiciário, não vai acontecer nada. Se a sociedade disser chega de impunidade, vamos realmente fazer as coisas acontecerem”, disse.

Quando o assunto é a presidente Dilma, o Senador até acredita no apoio que pode receber diante dos trabalhos contra a corrupção no Brasil, já que durante os governos de Lula e Fernando Henrique não houve decisões para situações como estas. “Estou vendo com simpatia, nunca tomaram nenhuma decisão. O Lula, quando nós fomos lá cobrar a história do Waldomiro (Waldomiro Diniz, subchefe da Casa Civil) que praticou (corrupção), ele deixou. Quando nós quisemos tirar a CPI, ele não deixou. A Dilma já demitiu de cara o maior amigo dela, o chefe da Casa Civil (Antonio Palocci). E já demitiu três ministros. Então, ela está tomando uma posição que os outros não fizeram em 16 anos”.

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