Política

Não é só promotor que sabe do direito, dispara Barbosa após acusação de grampo

Publicado em 22/08/2017, às 18h52   Shizue Miyazono


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O secretário de segurança pública, Maurício Teles Barbosa, afirmou que nem ele, nem a equipe grampeou  ilegalmente algum desembargador baiano. Barbosa disse, na noite desta terça-feira (22) no  programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, que está tranquilo e consciente de suas ações.

" As informações já estão sendo prestadas tanto ao Ministério Público, quanto a procedimentos internos nossos relativos ao uso de um equipamento por uma vítima de crime. Não teve investigação em cima de desembargador coisíssima nenhuma, muito pelo contrário, nós estamos aqui para receber todas as pessoas que se dizem vítimas de crime e vamos continuar atuando, e nossos equipamentos vão ser utilizados para a proteção das vítimas de bem, que se sentem lesadas ou vítimas da prática de qualquer prática criminosa", afirmou o secretário.

Barbosa afirmou que os fatos estão sendo investigados e serão encaminhados para a Justiça para que a situação seja devidamente comprovada. "Não é só o promotor que sabe do direito, nós sabemos que para investigar pessoas com foro privilegiado nós precisamos de autorização dos órgãos judiciais competentes e temos absoluta convicção que nós não fizemos nada que não estava dentro da lei".

O secretário afirmou ainda que a pasta pretende tomar atitude contra o deputado que afirmou que a SSP teria feito o grampo e afirmou que é preciso apurar como documentos sigilosos estão sendo expostos em tribuna do parlamento baiano. "Isso não vai ficar sem a devida resposta", concluiu Barbosa.

Entenda o caso:

Em nota, Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou que nenhum 'grampo' foi realizado contra desembargadores baianos. A SSP-BA disse que foi procurada por uma pessoa que se apresentou como vítima de extorsão, segundo ela cometida por um advogado. Ela foi orientada a reunir indícios que comprovassem a denúncia.

A SSP-Ba também ressaltou que, como ocorre em situações semelhantes, foi disponibilizado um gravador de voz simples, equipamento de comum utilização em investigações, no entanto, nenhum arquivo de áudio foi apresentado à polícia, sendo devolvido posteriormente.

A pasta esclareceu ainda que a Corregedoria-Geral está acompanhando o caso e se coloca à disposição do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado do Ministério Público para quaisquer esclarecimentos, ressaltando que todas as ações realizadas no caso foram executadas dentro da lei, sendo todas as provas desta conduta remetidas à Justiça, após a conclusão da Corregedoria.

A SSP reforçou que é atribuição da polícia investigar toda e qualquer denúncia e que estranha um documento sigiloso ser abertamente divulgado, não só nos meios de comunicação, como utilizado para fins políticos, podendo, inclusive, atrapalhar as investigações.

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