Política
Publicado em 22/08/2017, às 19h16 Chayenne Guerreiro
O deputado federal Afonso Florence (PT), defendeu em entrevista ao Bnews na noite dessa terça-feira (22) a posição da legenda de fechar questão contra o distritão.
“É uma posição histórica do PT, o distritão significa que o eleitor vai ter como referência apenas um parlamentar e não um programa de partido. Isso significa também que os votos de milhões de eleitores não serão contabilizados em uma eleição com referência de programa, é a extinção dos partidos, por tanto a minha posição é em conjunto com o PT”, afirmou.
O Partido dos Trabalhadores da Câmara decidiu nessa tarde votar contra o distritão ou mesmo o semidistritão. O partido, no entanto, permanece firme na defesa do Fundo Público Eleitoral. O objetivo é aprovar a criação do fundo sem valores dentro da PEC relatada pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP). No caso do financiamento, o PT quer: criação do Fundo e deixar para o Orçamento a fixação dos valores; fixar em até R$ 10 mil a doação de pessoas físicas; reduzir o teto para o gasto de cada candidato na campanha; e limitar o autofinanciamento do candidato a 5% do valor máximo do gasto da campanha.
De acordo com Florence, a expectativa é que o distritão não seja aprovado. “Para que o distritão seja aprovado ele precisa de 308 votos, alguns defensores consideram que está muito difícil conseguir os 308 votos. Semana passada o Maia suspendeu a sessão, na minha opinião pela dificuldade de ter os votos. Eu acho que eles vão ter muita dificuldade e possivelmente não vão conseguir os 308 votos”.
A baixa presença de deputados em Plenário na noite nesta terça-feira (22) pode comprometer a votação de mudanças no sistema eleitoral (PEC 77/03) prevista para hoje. A primeira sessão, iniciada às 13 horas, foi encerrada sem a presença mínima de 257 deputados. Para iniciar a votação, são necessários 308, mínimo necessário para aprovar o texto.
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