Política

Afonso Florence não acredita que Reforma Política será aprovada

Publicado em 23/08/2017, às 18h48   Shizue Miyazono


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O deputado Afonso Florence (PT) afirmou que o impasse sobre a reforma política, que seria vota na terça (22) e quarta-feira (23), está mantido e o seu prognóstico é que não será aprovada. A proposta necessita do apoio mínimo de 308 deputados em cada turno de votação. O petista disse na noite desta quarta-feira, no programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, que é contrário ao "distritão", e também não concorda com o Fundo partidário de R$ 2 milhões.

"Hoje nós já temos um Fundo partidário com valor muito expressivo, e os recursos podem ser usados para o funcionamento dos partidos ou para as eleições. Decisão desse mote poderia até ser submetido a plebiscito, nós vamos querer financiamento das empresas, inclusive muitas delas com dirigentes presos, ou seja, vamos trabalhar para o retorno do financiamento empresarial? Ou vai haver financiamento público? É verdade que as campanhas são caríssimas, exibição de programas de TV é um absurdo, diz que a propaganda política é gratuita, mas não é, é caríssima. O que nós temos que decidir é se vamos fazer financiamento público ou empresarial. É uma decisão de grande envergadura por que o Supremo já decidiu que não vai ser empresarial. Eu acho que não deveria ter valor, mas é preciso ter algum fundo", afirmou o deputado.

O petista afirmou ainda que concorda que é preciso tirar o dinheiro empresarial da política. "Ter financiamento de empresa é sempre pairar uma nuvem de dúvida sobre que benefícios foram feitas por esses empresas ao financiar. Eu acho que nossa história recente está cheia de exemplos controversos".

O deputado falou ainda sobre a polêmica do "distrirão", do qual ele é contra. Afonso Florence afirmou que é uma convicção em uma posição histórica, pois acredita em fidelidade partidária e de programa. "Deputado que se elege defendendo posições de, por exemplo, um tipo de previdência pública, não pode chegar na Câmara ou no Senado e votar contrário ao que o elegeu". Ele considera que o voto em partidos ou em deputados por chapa partidária permite que um programa seja defendido.

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