Política

Audiência discute privatização do sistema Eletrobras

Publicado em 30/08/2017, às 14h53   Redação Bocão News


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A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) realizara uma audiência pública para debater a proposta do governo de privatizar o sistema Eletrobras.

A audiência, que ainda não tem data definida, terá como convidados: o ex-ministro de Minas e Energia Nelson Hubner;o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética Maurício Tolmasquim; o ex-diretor da Eletrobras Luiz Pinguelli Rosa; o presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino; coordenador da Plataforma da Energia, Gilberto Cervinski; o ex-presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, João Bosco Almeida; e um representante da atual gestão da Eletrobras.

O processo de privatização da Eletrobrás, que ainda será definido por meio de edital, foi bastante criticado durante a reunião, que contou com os senadores Lídice da Mata (PSB-BA), Jorge Viana (PT-AC) e Humberto Costa (PT-PE),

Para Jorge é "algo muito grave" o governo abrir mão da gestão de um setor estratégico para o desenvolvimento nacional. “E não só a China, todas as nações de maior relevância geopolítica tratam o setor elétrico como umbilicalmente ligado à segurança e à soberania do país. Inclusive os Estados Unidos, com 15% de sua matriz hidrelétrica, toda ela estatal”, ressaltou.

O senador mencionou os ativos do sistema, que incluem 47 usinas hidrelétricas, 69 usinas eólicas, 114 termelétricas, fora os setores ligados à distribuição e à transmissão. Ele disse que a "maneira apressada" com que o governo quer tocar o processo, sem discuti-lo de forma mais aprofundada com a sociedade "um crime de lesa-pátria".

“A verdade é que este é um governo que não passou pela urnas, é ilegítimo. E agora quer entregar por R$ 20 bilhões o controle de um sistema que é um dos maiores do mundo, onde já foram investidos mais de R$ 400 bilhões”, afirmou o senador.

Lídice da Mata afirmou  que o Nordeste vê como "algo absolutamente inaceitável" que a privatização do sistema leve ao controle das águas do Rio São Francisco por 30 anos, pela empresa que eventualmente conseguir a outorga.

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