Política

Delação da JBS poderá ser cancelada por omissão de informação

Publicado em 04/09/2017, às 19h56   Redação BNews



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou a abertura de investigação para apurar a omissão de informações na delação premiada dos empresários da JBS. As informações dos irmãos Joesley e Wesley Batista foram determinantes para abertura de inquérito contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), por suspeitas de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Nesta segunda-feira (04), Janot fez um pronunciamento informando a decisão. 
Conforme o Procurador,  caso comprovadas as ilegalidades, o acordo e os benefícios dos delatores serão cancelados. As provas já apresentadas, porém, não serão invalidadas e continuarão sendo usadas nas investigações já em andamento e na apresentação de eventuais denúncias.
"Determinei hoje a abertura de investigação para apurar indícios de omissão de informações sobre práticas de crime no processo de negociação para assinatura do acordo de colaboração premiada da JBS", declarou Janot. "Áudios gravados com conteúdo grave foram obtidos pelo MPF (Ministério Público Federal) na semana passada, precisamente quinta-feira, às 19h. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à PGR e ao STF (Supremo Tribunal Federal)", informou o procurador-geral. 
 "A eventual rescisão do acordo não invalida as provas até então oferecidas. Conforme a lei que disciplina a delação premiada, se a culpa do colaborador ensejar a rescisão do acordo, ele perde todos ou alguns dos benefícios, e o Estado aproveita todas, todas as provas apresentadas pelos colaboradores", informou o PGR. Rodrigo Janot afirmou que é a primeira vez que um acordo de colaboração passa por investigação com essa dimensão. 

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