Política

Caso Geddel: imagem é de quem assalta os cofres públicos, afirma Eliana Calmon

Publicado em 06/09/2017, às 09h42   Caroline Gois


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A ex-ministra Eliana Calmom comentou, nesta quarta-feira (6), pela manhã, durante entrevista ao apresentador José Eduardo no programa Bahia No Ar, 2ª edição, da Rádio Metrópole, sobre as malas e caixas de dinheiro encontradas dentro de um suposto imóvel do ex-ministro Geddel Vieira Lima. "Eu fiquei impactada. Aquelas imagens que eu vi na televisão me levam à ideia da primariedade da corrupção que se alastrou neste país. Eu 
só vi coisas parecidas nestes paises da África com estes ditadores que não têm qualquer escrúpulo. Nunca vi coisa semelhante em um país que se diz democrático. Aquela imagem é de quem assalta os cofres públicos. Esconder o dinheiro debaixo do colchão para não ser apanhado", afirmou.
Com relação aos últimos acontecimentos no país que envolvem as denúncias da Lava Jato e trazem à tona os casos de corrupção, Calmon, que já foi candidata ao Senado, ressalta que não é ingênua, "mas não imaginava que fosse tudo isso que estamos verificando. Embora estejamos até um pouco deprimidos com tudo que está acontecendo, eu sou otimista. Está tudo escancarado. A forma e até onde chegou este poço que parece não ter fim".
Eliana Calmom frisou a confiança que tem em um país melhor e esperança de dias melhores. "Tenho esperança. O povo brasileiro não está aguentando mais. E todos têm que participar. De todas as classes", afirmou.
Caso Geddel
A Polícia Federal contabilizou cerca de R$ 42,6 milhões e US$ 2,7 milhões (R$ 8,4 milhões) nas malas apreendidas em um apartamento que seria utilizado como "bunker" pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), em Salvador. O trabalho de contagem durou mais de 14 horas e sete máquinas foram utilizadas. A PF diz que é a maior apreensão de dinheiro em espécie da história.
A operação, batizada de Tesouro Perdido, foi deflagrada na manhã desta terça (05) e é desdobramento de outra investigação, sobre fraudes em liberações de empréstimos na Caixa, a Cui Bono.  Ex-ministro de Michel Temer, Geddel cumpre prisão domiciliar. Ele foi preso no dia 3 de julho, mas conseguiu um habeas corpus para cumprir a medida restritiva em sua residência, na capital baiana. Os valores apreendidos serão depositados em conta judicial.

Classificação Indicativa: Livre

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