Política

GDK: empresa envolvida em escândalo do 'mensalão' ao 'petrolão'

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Empresa decretou falência nesta sexta-feira  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 15/09/2017, às 11h49   Redação BNews


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A GDK, cuja falência foi decretada nesta sexta-feira, se envolveu em escândalo desde o mensalão até o petróleo, os dois maiores esquemas de corrução no Brasil. Em 2006, sócio da empresa, César Oliveira deu de ‘presente’ uma Land Rover a Sílvio Pereira, então secretário-geral do PT.

Na época, a empresa tinha R$ 512 milhões em contratos com a Petrobras. Os dois afirmaram que o carro era um presente entre amigos. Silvio Pereira se desfiliou ao PT, abandonou a política e não virou réu na Ação Penal 470 pois cumpriu seu acordo com a Justiça.

Anos depois, a empresa voltou aos noticiários ligados à corrupção envolvendo setor privado e público. A Lava-Jato descobriu, no entanto, que a entrega da Land Rover a Sílvio Pereira ocorreu uma semana antes de ter sido iniciado o procedimento para contratação da GDK para as obras no Espírito Santo.

O empresário e lobista Fernando de Moura – ligado ao PT e amigo do ex-ministro José Dirceu – afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, que no ano de 2004 usou um avião emprestado pela empreiteira GDK para viajar por três Estados junto com o ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira para distribuir dinheiro para campanhas eleitorais.

“R$ 750 mil foi para a campanha eleitoral”, disse Moura, interrogado como réu no processo que tem como alvo central o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula). “A gente levou isso para o Rio de Janeiro para Vitória, para Cariacica e depois para Fortaleza para distribuir na campanha. Fui eu e o Sílvio em um avião cedido pelo César (Oliveira, presidente) da GDK.”

De acordo com o Ministério Público Federal, “o cartel de enormes proporções, autodenominado ‘Clube’, do qual fizeram parte grandes construtoras do país, tais como OAS Odebrecht, UTC, Camargo Corrêa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon, MPE, Skanska, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix, Setal, GDK e Galvão Engenharia” pagava propina em contratos com a Petrobras que variava entre 1% e 2% do valor total envolvido. 

Na diretoria de Serviços, segundo o MPF, a margem era de geralmente de 2%, sendo que 1% era destinado ao PT e o outro 1% à “casa”, designação dos funcionários da Petrobras – Duque, Barusco e Jorge Luiz Zelada e Roberto Gonçalves.

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