Política

Raquel Dodge não menciona Lava-Jato em discurso de posse na PGR

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Presença de Temer e ausência de Janot foram comentadas na cerimônia   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 18/09/2017, às 12h26   Redação BNews



Em um discurso em que não citou expressamente a operação Lava-Jato e em que fez questão de ressaltar a atuação múltipla do Ministério Público Federal (MPF), a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o povo brasileiro "não tolera a corrupção" e que o país "passa por um momento de depuração".

“O país passa por um momento de depuração. Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto”, disse Raquel após ser empossada como procuradora-geral.

Na mesa da cerimônia que deu posse a Raquel no cargo, no começo da manhã desta segunda-feira, estavam o presidente da República, Michel Temer, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O primeiro foi denunciado pelo antecessor de Raquel, Rodrigo Janot, por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. Os outros são investigados em dois inquéritos cada, dentro da Lava-Jato, também por pedido de Janot.

Temer, Maia e Eunício, alvos da Lava-Jato, ouviram a procuradora-geral fazer uma citação ao papa Francisco, numa passagem sobre corrupção. Raquel fez uma segunda citação em seu discurso de posse, da poetista goiana Cora Coralina. A procuradora-geral também é goiana. 

A posse foi antecipada para as 8h — no auditório Juscelino Kubitschek, na sede da PGR — em razão da agenda do presidente Michel Temer, que participará da cerimônia. Temer embarca em seguida para os Estados Unidos, onde participa de jantar com o presidente Donald Trump e, depois, da Assembleia Geral da ONU.

O presidente foi alvo de duas denúncias do antecessor de Raquel: a primeira por corrupção passiva, barrada pela maioria da Câmara, e a segunda por organização criminosa e obstrução à Justiça, protocolada no STF na semana passada. Janot não foi à posse de sua sucessora, mesma medida adotada por alguns de seus auxiliares mais próximos.

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