Oposição recebe parte de emendas, mas reitera obstrução na Casa

Os deputados de oposição Carlos Geilson (PSDB) e Alan Sanches (DEM) comemoraram nesta segunda-feira (18) nas redes sociais a entrega de tratores a comunidades rurais através de emendas impositivas pagas pelo governador Rui Costa (PT). Geilson entregou dois tratores - um ao Polo de Associações Comunitárias de Humildes, em Feira de Santana, e outro à Associação Sizino Silva Santa Cruz, em Anguera. Sanches beneficiou a Associação dos Pequenos Agricultores das Comunidades do Tabocal, Bom Jardim e Bonfim, em Santo Antônio de Jesus, e a Comunitária de Lago da Cruz, em Barrocas.

Ao todo, 55 tratores foram entregues a parlamentares pelo governador Rui Costa durante cerimônia no Parque de Exposições João Martins da Silva, em Feira de Santana, nesta segunda. O pagamento de emendas impositivas surge como um gesto do governo em amenizar reclames da oposição. Mas para o líder da bancada oposicionista, Leur Lomanto Jr (PMDB), o governo ainda não sinalizou “nada de concreto” aos parlamentares.

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“O governo libera um trator aqui, uma ambulância acolá. Paga emenda a conta gota e não sinaliza nada de concreto. Se for pegar individualmente, o governo não liberou nem 20% das emendas para cada deputado". Lomanto assevera que os contrários a Rui manterão o mesmo ritmo na agenda de votação nos projetos do Executivo enviados à Assembleia Legislativa.

"[O pagamento destes tratores e ambulâncias] não muda em nada a atuação da oposição. Vamos continuar endurecendo o discurso. Como sempre, vamos contribuindo com aquilo que entendemos ser de interesse da Bahia e votando contra aquilo que for interesse apenas do governo".
Já o líder do governo, deputado Zé Neto (PT) disse que obstruir por conta de emenda não está “mais em pauta”. “Entregamos muita emendas, inclusive da oposição. Isso não está mais na pauta. O clima está tranquilo com a base, estamos cumprindo nossas obrigações com a base”, avaliou. 

Sobre a votação desta terça-feira (18), Zé Neto disse que “não são pautas emergentes”. Vamos repetir a da semana passada, estamos tranquilos. Citou que a “crise federal “ afetou as Casas legislativas de todo país. “Não tem empréstimos, autorizações, políticas de pessoal estão paradas, paralisia fiscal. Estamos vivendo uma fase sem maiores movimentos no Brasil todo”, minimizou o líder.   “Se tiver quórum, vota”, completou. 

Leur rebateu: "a obrigação de dar quórum é do governo. Eles precisam é se entender e a razão de votar é problema do próprio governo. Se depender da oposição não terá quórum", cravou. 

Na pauta está o projeto do Executivo que autoriza a renegociar as operações de crédito firmadas com recursos do Banco Nacional e Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, ao amparo do art. 2º da Lei Complementar Federal nº 156, de 28 de dezembro de 2016 e o veto parcial ao Projeto de Lei n° 21.563/15, que Institui a Semana Estadual do Mutirão de Natal, ação desenvolvida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, através da ADRA - Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais.