Política

Vice-prefeita de Camaçari critica Caetano e PT reage

Publicado em 24/08/2011, às 11h20   A Tarde


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O presidente estadual do PT, Jonal Paulo, reagiu ontem, às declarações da prefeita interina de Camaçari, Tereza Gifoni (PSDB) - Doutora Tereza -, que anunciou que fará uma radiografia da administração municipal durante a sua permanência no cargo, até o dia 2 de setembro, data do retorno do prefeito Carlos Caetano (PT) de uma viajem ao exterior. Jonas sugeriu a Gifoni respeito ao projeto que elegeu em 2008.
“Uma campanha não se faz com personagens, mas com projetos”m disse Jonas. “A vice-prefeita deve, ao menos, lealdade a esse projeto”, acrescentou, ressaltando o fraco desempenho dos tucanos nas eleições estaduais.
“No primeiro teste da vontade popular, em 2010, o deputado mais votado do PSDB ficou na 10ª colocação, e ela, que tentou ser deputada federal, teve uma votação irrisória, de 3,2 mil votos”, afirmou. “Já o prefeito Caetano coordenou a campanha vitoriosa do governador Jaques Wagner e conduziu a eleição de dois deputados estaduais e três federais’, disse.
Ontem, a vice-prefeita – que visitou postos de saúde – reafirmou a intenção de apurar denúncias da comunidade e cobrar providências ao prefeito, com bas em relatório que vai elaborar. “Tenho pouco tempo, mas vou fiscalizar os órgãos municipais”, afirmou a Doutora Tereza, que se disse pouco à vontade na interinidade, onde ocupa o gabinete do prefeito. “Nunca estou sozinha, me sinto monitorada”, diz a prefeita em exercício, que criticou o fato de Caetano não ter lhe passado o cargo pessoalmente. “Não me deu sequer um telefonema, fez a comunicação por meio do secretário de governo”, afirmou dando a entender que por falta de opção é que foi colocada na função.”Ele não poderia passar por cima de mim”, observou
Submissão – As relações entre a vice e o prefeito de Camaçari estão estremecidas há dois anos, desde que o PSDB rompeu com o PT. “Ela se desgarrou do projeto, ao contrário dos que mostraram lealdade a ele”, disse Jonas. Mas Doutora Tereza garante que, além de divergências administrativas, o afastamento se deu pela postura política do prefeito.
“Ele queria mandar no PSDB, nos queira submissos, apoiando os seus candidatos a governador e deputados”, argumentou a prefeita.
Matéria na íntegra da jornalista Rita Conrado, desta quarta-feira (24) do impresso A Tarde.

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