O líder da bancada governista na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Zé Neto (PT), acaba de informar o adiamento da votação do projeto de lei que altera os procedimentos do Planserv, plano de saúde que atende servidores do estado, para a próxima quarta-feira (31).
Pela manhã, houve reunião do representante do governo com sindicalistas. O encontro durou cerca de cinco horas e foi marcado pela tensão. Entretanto, a bancada da situação acabou cedendo às pressões do funcionalismo e da opinião pública. Os servidores estão mobilizados em frente ao Palácio Luis Eduardo Magalhães desde ontem (23) e prometem manter os protestos até que o governo recue definitivamente.
Contudo, Zé Neto sustenta a necessidade de mudanças no plano, vez que o governo vem gastando, segundo o próprio, R$ 250 milhões anuais para manutenção da cobertura. O petista está confiante que em duas novas rodadas de negociações um acordo aceitável para as partes seja firmado.
“Vamos sentar com os técnicos da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e com os representantes dos servidores para fecharmos isto”, revelou. A primeira reunião acontece na sexta-feira (26) e na segunda (29) acontece será realizada outra.
Os servidores, que estavam na frente da Assembleia, disseram que não aceitarão propostas do governo. Prometeram ainda uma paralisação para o próximo dia 31, não por acaso, dia que o projeto foi remarcado para ir a plenário.
As associações e sindicatos que representam a categoria realizam assembleia geral amanhã (25). Não é possível antever o que saíra deste encontro, mas a expectativa é de que as manifestações ganhem força. Os servidores vão trazer para a discussão o pagamento da URV. Cobrança antiga, que o governo vem protelando e recorrendo sucessivas vezes na Justiça.
Os governistas sinalizaram que vão recuar e admitiram as falhas no projeto enviado pelo Executivo. Agora, tudo terá que ser reformulado pelos próprios deputados. De acordo com o líder do governo, alguns pontos já foram modificados, a exemplo, da ampliação do número de consultas e exames, que saíram de 5 e 6, respectivamente para 10. As consultas infantis foram para 10 e o número de exames também subiu para 12 anuais.
Zé Neto afirmou que com estas alterações o percentual de servidores atendidos sai de pouco 80 para 95.
Para Paulo Azi (DEM), independente destas sinalizações o projeto é ruim, é cruel com os servidores. “O governo tem que retirar o projeto desta Casa. O líder do governo disse que o sindicato teve conhecimento da proposta, e eu não tenho conhecimento de nenhum servidor público do estado que tivesse conhecimento deste projeto, pois se tivesse não aceitaria”, criticou do Democrata.
Clique aqui e leia matéria relacionada.Foto: Edson Ruiz // Bocão News
