Sobre Arthur Maia, fisiologismo e indicação do Incra

O deputado federal Arthur Maia (PPS) tem se gabado a parlamentares de suas emendas e dinheiro para projetos oriundos de ministérios para alocar nas bases políticas. Conseguiu este acesso ao assumir o ônus de relatar a polêmica e desgastante reforma da previdência. Embora a reforma esteja enterrada, o deputado conseguiu “negociar bem” com o governo Michel Temer (PMDB).

Diante deste cenário, tendo Maia base eleitoral em Bom Jesus da Lapa, conseguiu nomear indicados em cargos públicos de instituições federais e outros órgãos. Dito isso, vale ressaltar a última peripécia do deputado federal. Colocou para assumir a chefia da unidade do Oeste Baiano do Incra um ex-aliado de seu desafeto na região Eures Ribeiro (PSD). O prefeito da Lapa e presidente da UPB é adversário político declarado dos Maias no município.

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A indicação seria legítima, como funciona o “jogo” político de governabilidade e fisiologismo que marca a gestão de Temer à frente da República, contudo, ressalta-se que o indicado Gedson do Nascimento Ramos não tem formação ou qualquer intimidade com a temática do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. O risco é manter o Incra fora de sintonia com as queixas de uma região que precisa de uma participação ativa do instituto. 

Este “jogo político/eleitoral” tem feito com que a reprovação ao governo federal cresça vertiginosamente no país e em se tratando de Bahia o que Maia espera indicando o ex-aliado sem base política de Eures Ribeiro é, meramente, golpear o presidente da UPB de modo que quem paga pela irresponsabilidade é o cidadão.