Política

Gabrielli chama carta de Palocci de vergonha e diz que informações são falsas

BNews
Segundo o ex-ministro, foi Lula quem encomendou a propina do projeto de sondas a serem usadas na exploração de petróleo do pré-sal  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 27/09/2017, às 10h08   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O ex-ministro Antonio Palocci, suspenso provisoriamente do PT, enviou nesta terça-feira (26) uma carta de desfiliação ao partido. Ele reafirma acusações ao ex-presidente Lula de ter recebido propina e pergunta se o PT é um “partido” ou uma “seita guiada por uma pretensa divindade”.

Segundo Palocci, foi Lula quem encomendou a propina do projeto de sondas a serem usadas na exploração de petróleo do pré-sal. Na carta, ele cita a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli: “um dia, Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas”.

Gabrielli rebateu as declarações do ex-ministro. “Nunca tive qualquer reunião com o Presidente Lula e Presidenta Dilma para discutir atos de corrupção relativas as sondas para o pré-sal brasileiro. As reuniões que tive tratavam dos desafios de montar estas sondas no Brasil, que não as tinha feito anteriormente, buscando formas de organização empresarial e estruturas financeiras que as viabilizassem”, detalha.

Gabrielli acrescenta também que existe “uma confusão de datas nas falsas alegações de Palocci, uma vez que a pretensa reunião mencionada pelo delator teria ocorrido em 2010, mas os contratos das sondas só efetivamente foram assinados em 2011”.

Palocci está preso há exatamente um ano. Na carta em que pede para deixar o partido que ajudou a fundar, o ex-ministro afirma que decidiu “colaborar com a Justiça, por acreditar ser este o caminho mais correto a seguir. Defendo o mesmo caminho para o PT”.

Clique aqui para ler a carta de Palocci na íntegra. Abaixo, a nota de Gabrielli.

Em relação a vergonhosa carta de Palocci que assume falsamente minha potencial concordância com suas posições:

1. Nunca tive qualquer reunião com o Presidente Lula e Presidenta Dilma para discutir atos de corrupção relativas as sondas para o Pre Sal brasileiro.

2. As reuniões que tive tratavam dos desafios de montar estas sondas no Brasil, que não as tinha feito anteriormente, buscando formas de organização empresarial e estruturas financeiras que as viabilizassem.

3. Sabíamos que os desafios da implantação de uma nova indústria envolviam uma curva de aprendizagem que impossibilitaria a geração de qualquer excedente extraordinário nos fluxos de caixa previstos.

4. Há uma confusão de datas nas falsas alegações de Palocci, uma vez que a pretensa reunião mencionada pelo delator teria ocorrido em 2010, mas os contratos das sondas só efetivamente foram assinados em 2011.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp