Política

PMDB da Bahia ganha blindagem da direção nacional

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Pedro Tavares ouve de Romero Juca que não haverá costura de cima para baixo  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior // Bnews

Publicado em 27/09/2017, às 11h08   Luiz Fernando Lima


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O PMDB da Bahia está em busca de fortalecimento de sua direção após o afastamento dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima. Pedro Tavares, presidente estadual, foi a Brasília na última terça-feira (26) e ouviu do presidente nacional, senador Romero Jucá, que nada será feito no diretório baiano de cima para baixo.

O receio era de uma intervenção nacional fruto da articulação política entre pretendentes a assumir o partido na Bahia e a cúpula do governo Michel Temer (PMDB). O ministro da secretaria de Governo, Antonio Imbassahy é um dos que tentam a benção do peemedebista para sair do ninho tucano, onde está isolado.

Outros dois nomes são citados em todas as notas a respeito do assunto: José Ronaldo (DEM), prefeito de Feira de Santana e o deputado federal Arthur Maia (PPS). Este último está próximo ao núcleo político de Temer desde que assumiu o ônus de relatar a polêmica e controversa reforma da previdência.

Dos três, Imbassahy é o único que já se movimentou em busca de espaço. Na conversa que teve com Romero Juca, Pedro Tavares ouviu do presidente nacional PMDB que nada seria decidido por cima. Disse, segundo o deputado estadual, que informou de claramente a quem o procurou – não revelou o nome – que fosse discutir o assunto com o diretório estadual.

Embora o nome não tenha sido revelado, o mais provável é de que se trate mesmo do tucano. Imbassahy não tem mais clima no PSDB da Bahia e agora com a suspensão do senador Aécio Neves desidratou ainda mais. Com o centrão da Câmara dos Deputados insatisfeito com ele no governo e pedindo a todo instante sua cadeira será muito difícil a permanência do baiano na gestão e no partido. 

As duas coisas ao mesmo tempo deve uma das primeiras mudanças a acontecer nos próximos dias em que se discute a segunda denúncia contra Temer. 

Interessante que nenhum dos nomes especulados conversaram diretamento com os peemedebistas da Bahia sobre uma possível migração, ou seja, as articulação acontecem fora da órbita dos estaduais. Os interessados tratam o assunto como se fosse possível resolver por cima para só depois informar o diretório estadual.

Outra informação a ser destacada é que o deputado federal Lúcio Vieira Lima de fato está afastado das tratativas partidárias. 

PMDB — Ainda sobre os peemedebistas, Pedro Tavares tratou da convenção do partido que vai acontecer no próximo dia 4 de outubro quando o nome da legenda deve voltar para origem “MDB”, sem o P. 

O estatuto partidário também será readequado à legislação atual. Esta mudança suscitou a possiblidade de abertura na janela. Contudo, o advogado especializado em direito eleitoral, Ademir Ismerim, afirma que não há esta possiblidade. 

De acordo com Ismerim, esta possiblidade de entrada ou saída só acontece quando da criação de um novo partido. A readequação estatutária não interfere neste processo.
Pedro Tavares vai Brasília já na segunda-feira (2).

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