Política

Membros da CPI da JBS se acusam de 'vira-lata' e 'bate-pau de Temer'

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A discussão foi entre o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 17/10/2017, às 15h26   Folhapress


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"Vira-lata", gritava de um lado o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). "Lambe botas, bate pau de Temer", retrucava do outro o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

A troca de acusação fez com que a sessão da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS desta terça-feira (17) fosse interrompida por alguns minutos, durante depoimento do procurador Ângelo Goulart Villela. 

A confusão começou quando Randolfe questionava o depoente a respeito de um áudio de conversa gravada por ele em uma reunião do Ministério Público Federal, o que lhe rendeu a acusação de vazar informações internas para favorecer a JBS. 

Villela afirmou que nem sua defesa tinha o áudio e foi interpelado pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que disse a ele que pedisse o áudio para o senador, que ele o teria. 

"Não entendi a provocação barata", afirmou o senador, que logo em seguida acusou o PT e PMDB de formarem uma "coalizão" e citou o relator Marun. 

"É uma coalizão do PT e do PMDB, o sr. e o deputado Marun estão muito próximos". 
Marun, da mesa, logo se irritou e pediu que seu nome não fosse citado. A confusão, então, começou. 
"Vira-lata! Vira-lata!", gritava Marun, um dos principais aliados de Temer e relator da comissão. 

"Lambe botas, bate pau do Temer!", respondia aos berros o senador, enquanto o presidente do colegiado, senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) pedia calma e dizia que iria suspender a sessão. 

O depoimento de Vilella começou por volta de 10h30. Aos parlamentares, o procurador afirmou que a delação da JBS foi feita por Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, com o objetivo de derrubar o presidente Michel Temer e poder, então, indicar seu próprio sucessor. 

Vilella ficou preso por 76 dias sem ter sido ouvido. Ele foi denunciado por corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução de Justiça.

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