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“PT deve permitir aliança com partidos pró-impeachment”, diz presidente da sigla em SP

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Luiz Marinho também falou sobre uma possível reaproximação do PT com o PMDB   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 03/11/2017, às 11h56   Redação BNews


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O ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho é um dos petistas mais próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ex-ministro do Trabalho e da Previdência e atual presidente do PT em São Paulo, Marinho teve o nome alçado a pré-candidato do partido ao governo de São Paulo. 

Em entrevista ao Estado, ele informou que o PT tem de rever, para as eleições de 2018, a proibição de alianças com os partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff para “recuperar a maioria do povo brasileiro”. Marinho disse que uma candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad ao Senado depende de convencer o vereador Eduardo Suplicy a disputar uma vaga na Câmara. 

Sobre o PSDB, seu adversário direto na corrida ao governo do Estado, afirmou que está na hora de o partido sair do Palácio dos Bandeirantes. Sobre as alianças para 2018, disse que é “muito cedo para falar disso porque vai ter uma evolução muito grande na chegada. Acredito em um monte de mudanças no início do ano, inclusive mudanças de partido até março. E a grande definição passará pela candidatura do Lula. E isso que vai definir o arco de alianças do PT no Brasil inteiro, inclusive em São Paulo”.

Sobre uma reaproximação do PT com o PMDB, Marinho ponderou: “depende da movimentação do lado de lá (Alagoas). O PMDB nunca foi um partido nacional, sempre foi uma federação de caciques nos Estados. Então vai depender do posicionamento do partido em cada Estado. Mas não enxergo qualquer possibilidade de aliança com o PMDB em São Paulo porque o Michel Temer é de São Paulo. Agora, em alguns Estados, eventualmente pode acontecer”. 

Ele também falou sobre a polêmica de que o PT teria errado ao não insistir para que Lula fosse o candidato em 2014: “o PT insistiu. Lula é que não autorizou porque achava que era um direito legítimo da Dilma reivindicar a reeleição e porque não era um movimento fácil também. Já vimos outros movimentos assim que não deram certo. A partir do momento em que a Dilma reivindicou a vaga o movimento acabou sendo contido. Mas isso não tem volta”. 

Por fim, o presidente do PT em São Paulo afirma que “gostaria” de ver Dilma candidata, e que a presença dela no palanque de Lula, caso não seja candidata, nem ajuda nem atrapalhar.

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