Política

Marcell critica demora de instalação de medidores de controle de água utilizada por empresas do agronegócio

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De acordo com parlamentar, demora do Inema no controle e fiscalização dos recursos hídricos explorados pelas empresas do agronegócio na região já causam impactos ambientais irreparáveis  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/11/2017, às 15h31   Redação BNews


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Após a manifestação de moradores de Correntina - cidade da região oeste da Bahia – que invadiram a sede da fazenda Igarashi para reclamar do uso indiscriminado de poços artesianos de alta vazão para grandes produções do agronegócio, fato que tem acelerado o processo de assoreamento dos rios e mananciais da localidade, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) determinou que as empresas tenham até 60 dias para instalar hidrômetros para medir a vazão consumida em todos os pontos de capitação da Bacia do Rio Arrojado. 

Para o ambientalista e militante, o deputado estadual Marcell Moraes (PV), a morosidade do Inema no controle e fiscalização dos recursos hídricos explorados pelas empresas do agronegócio na região já causam impactos ambientais irreparáveis.

“Não é de agora que estamos chamando a atenção para a exploração abusiva dos recursos hídricos que vem ameaçado a extinção do ecossistema fluvial na região. Venho me pronunciando incansavelmente na Assembleia Legislativa da Bahia, sobre esse descaso, e cobrando da senhora Márcia Teles, diretora do INEMA, uma solução urgente. Não precisava esperar todo esse tempo, polêmica e danos ambientais para obrigar a instalação dos medidores. Espero que a partir de agora o órgão dê a importância devida que a situação demanda”, declarou o parlamentar.

A falta de critério para concessão das outorgas e a retirada desenfreada de água para irrigação no lençol freático profundo que banha a região tem gerado a seca dos rios Correntina, Arrojado, Santos Antônio, Guará e do Meio, importantes dispositivos para o turismo e preservação do bioma de uma das maiores regiões com mata nativa do cerrado brasileiro.

Em reportagem veiculada neste final de semana, representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia alegaram que os produtores utilizam tecnologia avançada para o uso consciente do recurso hídrico e diminuir impactos ambientais. No entanto, os mesmos não apresentaram dados consistentes que comprovassem as informações apresentadas.

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