Política

Ipiaú: vereadores votam contas rejeitadas do prefeito

Imagem Ipiaú: vereadores votam contas rejeitadas do  prefeito
Deraldino Araújo está na berlinda, mas a Casa não costuma o decepcionar  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/09/2011, às 20h37   Luiz Fernando Lima



A sessão extraordinária desta noite em Ipiaú promete ser das mais tensas dos últimos anos. Na pauta está o relatório do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que indica a rejeição das contas do prefeito Deraldino Araújo (PMDB). O gestor chegou a recorrer da decisão dos conselheiros, mas a desaprovação foi mantida.

Agora, cabe aos vereadores da cidade decidir se seguem os critérios técnicos ou se politicamente é possível aceitar os desvios pontuados pelos conselheiros. O prefeito corre, então, o risco de ficar inelegível. Na mais.

No entanto, o clima na cidade é de grande tensão. O presidente da Câmara, Raimundo Menezes Moreira (PTdoB), solicitou reforço no policiamento para evitar que manifestações pró ou contra o prefeito ultrapassem os limites legais e acabe com a sessão ou coloque em risco os edis.

Em entrevista a blogs locais, o comandante da Polícia Militar de Ipiaí, Anderson Castro, afirmou que a PM não vai tolerar desordem de nenhuma parte. A estrutura é de guerra. Segundo um site relatou, em conversa com um radialista, o comandante teria dito que “batalhão de choque o “PETO” estará de prontidão no quartel para resolver qualquer emergência. Estamos preparando cães, escudos, bombas de gás lacrimogêneos, com o intuito de garantir a segurança de todos os cidadãos”.

A expectativa é que este aparato de “segurança” não seja utilizado, mas não é bom duvidar. Durante toda esta quinta-feira (1) pessoas ligadas à prefeitura circularam nos corredores da Câmara. Alguns apontam a atitude como forma de pressão.

Uma comissão especial foi constituída para elaborar um parecer do Legislativo avaliando o parecer do TCM. Isto mesmo, um parecer sobre o parecer. A despeito causar a impressão de ser um contrassenso o modus operadis é este mesmo. A comissão é presidida pelo correligionário do prefeito, Jaldo Coutinho Brandão, o relator é do PSC, Marcos Santos Passos, e o revisor é do PP, José Carlos Bispo dos Santos.

Na imprensa local, o único partido a se posicionar publicamente foi o PT,  que indicou o voto pela reprovação das contas.

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