Política

Adsumus: três pessoas foram presas e duas estão foragidas

Shizue Miyazono
Ainda de acordo com a coordenadora, celulares, computadores, planilhas de propinas, documentos e pen drives foram apreendidos  |   Bnews - Divulgação Shizue Miyazono

Publicado em 18/12/2017, às 14h57   Shizue Miyazono


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Três pessoas foram presas durante a sexta fase da operação Adsumus, deflagrada na manhã desta segunda-feira (18), na Bahia. Segundo a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco),  Ana Emanuela Meira, durante coletiva de imprensa na tarde de hoje, na sede do Ministério Público, no bairro de Nazaré, em Salvador, duas pessoas estão foragidas. Também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freitas e Cruz das Almas.

Ainda de acordo com a coordenadora, celulares, computadores, planilhas de propinas, documentos e pen drives foram apreendidos. Por causa do sigilo legal, a operação não pode dar os nomes dos presos, mas são pessoas envolvidas nas ex-gestões das prefeituras de Santo Amaro e Muritiba.

"Os envolvidos eram agentes públicos, não mais estão nesses municípios. Os fatos aconteceram nas gestões passadas das prefeituras", explicou Ana Emanuela.

A ação visa reprimir delitos contra a administração pública, lavagem de dinheiro e licitações e contratos fraudulentos praticados entre os anos de 2012 e 2016 no âmbito das Prefeituras de Muritiba e Santo Amaro. Os cinco mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Criminal de Muritiba.

O promotor de Justiça, João Paulo Santos Schoucair, explicou que a investigação, que já tem mais de 12 meses, se predispôs a atacar três eixos: obras públicas, materiais de construção e de máquinas: "Com o avançar das investigações, com a delação premiada homologada em 2016 pelo Tribunal de Justiça conseguimos detectar que essas fraudes avançaram para outros setores, dos contratos para aquisição de combustíveis, além de desviar materiais de construção, desviaram também na aquisição de combustíveis, o que alça em aproximadamente R$ 5 milhões e nos permitiu aprofundar nos contratos de limpeza pública de Santo Amaro e Muritiba, desvio esse, na realidade cobrança de propina, que se aproxima do patamar de R$ 4 milhões".

Apesar da informação de que um dos alvos da operação é o ex-prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT), e que não teria sido encontrado em sua residência, o MP e o promotor não confirmaram, mas também não negaram que a ação tenha acontecido na casa do petista. João Paulo afirmou que Machado é investigado pelo Ministério Público e, questionado se a casa em Lauro de Freitas em que houve a operação hoje é de Machado, o promotor se esquivou e disse que, segundo o cinegrafista amador que filmou uma viatura da PRF no local e divulgou no whatsapp, o imóvel é do ex-prefeito.

A operação contou também com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Rondesp, da Polícia Militar.

Atualizada às 18h36

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