Política

Deputados federais avaliam que julgamento de Lula não interfere na agenda da Câmara

Agência Câmara
Reformas da previdência e tributária, além da privatização da Eletrobras estão na pauta  |   Bnews - Divulgação Agência Câmara

Publicado em 22/01/2018, às 17h44   Luiz Fernando Lima


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O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) já definiu a data para votação da reforma da previdência, 19 de fevereiro. A reforma tributária também está no radar dos governistas para que seja votada ainda neste primeiro semestre. A agenda da Casa Baixa do Congresso Nacional conta ainda com matérias como a privatização da Eletrobras. O retorno das atividades legislativas acontece na quinta-feira (1º).

A extensa pauta de projetos não considera os efeitos do resultado do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que acontece na próxima quarta-feira (24). Deputados federais pela Bahia ouvidos pela reportagem do BNews acreditam que o impacto sobre a agenda do Legislativo não será direto independente do resultado que sair do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.

Paulo Azi (DEM) afirma que a agenda da Câmara independe do Lula. “Até a oposição já faz obstrução, incluindo as matérias que não são de interesse do governo e sim do País. Neste sentido, não acredito que haverá mudança significativa na atuação do campo político que defende o ex-presidente”.

O deputado Caca Leão (PP) também não avalia como determinante para a agenda da Casa Baixa. “Acredito que mexe com o tabuleiro eleitoral, mas nos trabalhos da Câmara não”. Afonso Florence (PT) avalia que Rodrigo Maia e o presidente Michel Temer (MDB) vão continuar tentando emplacar a “agenda retrograda e sem legitimidade”.

O petista, contudo, corrobora com a hipótese de que uma eventual condenação do ex-presidente promoverá uma serie de manifestações populares que podem sim pressionar a agenda do Congresso. “Não se pode ignorar a lógica de que as mobilizações vão crescer e podem com isso impactar diretamente na agenda destes que estão no governo”.

Os três parlamentares ressaltam que após a decisão do TRF 4 o cenário político tende ganhar um horizonte menos turvo sendo possível traçar o planejamento com mais precisão. 

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