O novo fato político criado dentro do PMDB ganhou novo capítulo no final da tarde desta quinta-feira (8). O deputado Alan Sanches enviou nota à imprensa afirmando que não haveria procedência o argumento utilizado pelo Conselho de Ética do partido para expulsão dos três parlamentares – Alan Sanches, Temóteo Brito e Ivana Bastos - que votaram favoravelmente ao projeto de mudanças do Planserv.
No documento enviado à imprensa quando da expulsão, o partido revela que a decisão do conselho de ética peemedebista foi endossada pelas notas taquigráficas da sessão extraordinária que aprovou o projeto governista. No entanto, segundo informações da assessoria de comunicação do deputado, nesta quinta o parlamentar requereu o documento (notas taquigráficas) e foi informado de que estas só estariam à disposição no final da tarde de hoje. Portanto, não teria como ser utilizada como base para decisão alguma.
Em resposta ao deputado, a assessoria do PMDB afirma que não era preciso ter as notas taquigráficas, pois a sessão foi transmitida pelo Canal Assembleia e que o áudio do “fechamento da questão” para os membros da bancada da sigla estavam à disposição.
O partido enviou um trecho da fala do deputado Leur Lomanto Júnior, que foi líder da bancada na Casa na legislatura passada, na qual ele reafirma a posição do partido. “(...) lembro aos parlamentares do PMDB que aqui somos seis nessa Casa, o Líder, Deputado Luciano Simões, já falou. A orientação do Deputado Luciano Simões é para que todos votem contrário a este absurdo, a esta imoralidade de querer tirar o direito adquirido da saúde do servidor público do Estado da Bahia”, disse Leur.
Por outro lado, o deputado expulso argumenta que “estamos brigando apenas pela verdade, pois não é justo que nos julguem de forma desleal perante a sociedade, baseados em inverdades. O documento que recebi hoje só comprova que mais uma mentira do PMDB caiu por terra. Volto a reiterar que a justificativa de que votamos contra a determinação da legenda, como eles vem pregando, também não procede, pois hora nenhuma houve fechamento de questão nesse sentido, hora nenhuma fomos orientados pelo líder Luciano Simões. Ao contrário do que está sendo anunciado, estávamos liberados para votar de acordo com a nossa consciência e o estatuto do PMDB é claro que nesse caso não existe possibilidade alguma de punição, muito menos expulsão”, disparou
Na manhã desta quinta-feira (8)
os ânimos entre Alan Sanches e o cacique peemedebista na Bahia, Geddel Vieira Lima esquentaram durante a entrevista que os dois concederam ao apresentador Zé Eduardo, na Rádio Sociedade da Bahia.
Foto: Roberto Viana//Bocão News
