Política

Ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, será indicação do PTB

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Segundo jornal, Roberto Jefferson ameaçou cortar os recursos de campanha de deputados que insistir em indicar outra pessoa para o posto  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 21/02/2018, às 07h08   Redação BNews


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O ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, será a indicação do ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Yomura era secretário-executivo do ministério e já havia sido considerado para o cargo, antes de todo o imbróglio envolvendo a parlamentar Cristiane Brasil, indicada ao posto, mas impedida de assumir por determinação da Justiça.

Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, na reunião do PTB em que impôs o nome de Youmura como novo titular do Ministério do Trabalho, Roberto Jefferson ameaçou cortar os recursos de campanha de deputados que insistiam em indicar outra pessoa para o posto. A publicação detalha que a conversa foi pesada e desencadeou uma rebelião na bancada petebista. O ex-ministro Ronaldo Nogueira e o deputado Alex Canziani (PR) lideram o grupo dos insatisfeitos.

Nesta terça-feira (20), em publicação no Twitter, Roberto Jefferson agradeceu ao presidente Michel Temer, e criticou o que chamou de "caça às bruxas", com relação a sua filha.

“Diante da indecisão da ministra Cármen Lúcia em não julgar o mérito neste 1º semestre, o PTB declina da indicação de @Dep_CrisBrasil para o Ministério do Trabalho. A decisão do partido visa proteger a integridade de Cristiane e não deixar parada a administração do ministério", escreveu Jefferson.

E continua: "agradecemos ao presidente @MichelTemer e aos companheiros do partido pelo apoio e respeito com Cristiane Brasil durante esse período de caça às bruxas".

O caso
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu a posse de Cristiane Brasil e encaminhou o caso ao plenário da Corte, sem contudo marcar a data do julgamento.

A nomeação de Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente Michel Temer no dia 3 de janeiro, mas a deputada foi impedida de tomar posse por força de uma decisão liminar do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro.

O magistrado acolheu os argumentos de três advogados que, em ação popular, questionaram se a deputada estaria moralmente apta a assumir o cargo após ter sido revelado pela imprensa que ela foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar mais de R$ 60 mil a um ex-motorista, em decorrência de irregularidades trabalhistas. 

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