O PSD conseguiu registro em dez estado – são necessários nove para requerer o registro nacional – na semana passada. São Paulo, nascedouro da legenda, foi o último. O partido surge com bancadas fortes no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais e segundo consta nasce com fortes tendências governistas.
De acordo com matéria publica na Tribuna da Bahia nesta terça-feira (13), assim que tiver o aval da Justiça para operar, o PSD vai integrar a base governista em 18 estados dos 27. O mais interessante é que, como havia antecipado o presidente da legenda Gilberto Kassab, as composições não levam em consideração nenhuma linha ideológica específica.
Os representantes do PSD se juntam à revelia de costuras nacionais. A liberdade de associação impera na nova sigla. Para se ter uma ideia, no Maranhão, governador por Roseana Sarney (PMDB) estão juntos. No Pará, são aliados de Simão Jatene (PSDB), Bahia e Sergipe, governados pelo PT também são parceiros. Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco é aliado e assim a nova legenda segue fazendo coligações com esquerda, direito e centro.
O partido tem ainda dois governadores, Raimundo Colombo, de Santa Catarina e Omar Aziz, do Amazonas. Em declarações recentes o futuro secretário-geral da legenda, Saulo Queiroz (ex-tesoureiro do DEM), esclareceu. “Não tivemos dificuldades de anos aliar às pessoas que facilitaram nossa formação. E não saímos por aí arrumando inimigos”, disse.
A afirmação vinda de um ex-tesoureiro do DEM é um pouco estranha. Os líderes do antigo PFL certamente não entendem a criação da nova legenda como positiva.
Segundo o impresso baiano, na Câmara Federal a bancada do PSD vai contar com 49 novos deputados. No Senado, serão dois representantes. Na Assembleia Legislativa da Bahia, comentá-se que serão sete.
Foto: Edson Ruiz// Bocão News
