O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi a principal personagem de mais um bate-boca na terça-feira (13), desta vez o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi quem contracenou na ação. Durante uma entrevista do líder à imprensa, Bolsonaro interrompeu a fala de Vaccarezza para protestar contra a proposta que cria a Comissão da Verdade, que irá investigar violações aos direitos humanos durante a ditadura militar.
Dirigindo-se a Vaccarezza, Bolsonaro, que é policial reformado, criticou ponto que afirma ser "dever" dos militares colaborar com a Comissão da Verdade. "Se não colaborar, é demissão?! Os comandantes têm que colaborar, senão são demitidos!", protestou o deputado. Bolsonaro afirmou que o líder do governo foge do debate e Vaccarezza rebateu: "Não marquei debate com você!". Aconselhado por assessores, o líder deixou o salão verde, onde ocorreu o bate-boca.
Rodeado por jornalistas, Bolsonaro distribuiu cartazes questionando artigos do projeto. Mais cedo, a ministra Maria do Rosário e seis ex-ministros dos Direitos Humanos se reuniram com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e com o president, e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para pedir celeridade na votação do projeto, que ainda não tem data para ser apreciado. A expectativa do governo é que a proposta seja votada ainda em setembro.
