Política

'Não sou a favor de fazer da Assembleia uma extensão da polícia', diz Coronel sobre CPI da Fonte Nova

Gilberto Júnior
Para o presidente da Casa, denúncias devem ser investigadas no âmbito da Operação Cartão Vermelho  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior

Publicado em 05/03/2018, às 12h11   Alexandre Santos



O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel (PSD), diz não concordar com a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de irregularidades nas obras de reconstrução da Arena Fonte Nova. A 21ª assinatura que faltava para oficializar o pedido foi contabilizada nesta segunda-feira (5). 

"Eu não sou a favor de fazer da Assembleia uma extensão da polícia. São coisas que já estão sendo investigadas. Particularmente, acho desnecessário", declarou Coronel ao BNews no início da tarde.

Responsável pela instauração da comissão ou pelo arquivamento do pedido, Coronel disse que ainda não havia sido comunicado a respeito do requerimento. A oposição pretende entregar o documento ao presidente nesta tarde às 15h.

"Quando receber, vou encaminhar para a Procuradoria-Geral da Casa para eles analisarem e emitirem parecer. A partir daí, depois do parecer, vou analisar se defiro ou indefiro. Mas sou magistrado. Agirei na legalidade que a Constituição estadual e o nosso regimento interno regerem", disse o presidente da AL-BA, que ressaltou manter o posicionamento diante de uma possível CPI em torno da gestão do prefeito ACM Neto (DEM), frente defendida recentemente pelo governado Rui Costa (PT).

"Da mesma maneira, quando da situação da CPI contra ACM Neto, agirei da mesma maneira. Serei magistrado com todas as duas CPIs. Agirei dentro da legalidade", reafirmou Coronel.

Encampado pela oposição, o pedido de CPI da Fonte Nova ocorre na esteira da Operação Cartão Vermelho, em que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) apontam superfaturamento de aproximadamente R$ 450 milhões no contrato firmado entre o governo Jaques Wagner e o consórcio Fonte Nova Participações, formado pela Odebrecht e OAS.

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