Política

Defesa de Geddel diz que R$ 51 milhões em apartamento foram 'simples guarda de valores'

Polícia Federal
Advogado Gamil Föppel argumenta que, para a existência de lavagem, é preciso um ato de 'ocultação ou dissimulação' de sua origem  |   Bnews - Divulgação Polícia Federal

Publicado em 24/03/2018, às 14h06   Redação BNews


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A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a "simples guarda de valores em espécie" não configura crime de lavagem de dinheiro. As informações são do jornal O Globo, cuja reportagem teve acesso a um documento protocolado na sexta-feira (23) como resposta à denúncia apresentada em dezembro pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, baseada nos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador que, segundo a PGR, seria utilizado por Geddel.

De acordo com a publicação, o advogado de peemeedebista, Gamil Föppel, não admite que o dinheiro era do seu cliente. Mesmo assim, questiona a acusação de lavagem de dinheiro, ressaltando que ela não pode ser comprovada pela "suposta guarda de valores", que seriam "pretensamente originários de outras infrações penais" e estariam localizados em um apartamento "alegadamente vinculado" a Geddel.

O argumento da defesa é que, para a existência de lavagem, é preciso um ato de "ocultação ou dissimulação" da origem do dinheiro, assim como a tentativa de "conferir aparência de licitude".

"A eventual guarda de suposto produto do pretenso crime antecedente (infração penal que, evidentemente, jamais ocorreu), não é apta à configuração da lavagem de dinheiro", avalia.

Além do ex-ministro, foram denunciados seu irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA); a mãe dos dois, Marluce Vieira Lima; e outras três pessoas. 

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