Política

Boulos critica seletividade da Justiça e afirma que o PSOL estará no segundo turno das eleições para presidente

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Pré-candidato comparou celeridade dada ao processo do ex-presidente Lula com a falta de punição ao senador Aécio Neves  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/03/2018, às 22h12   Victor Pinto



O pré-candidato à presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, em entrevista nesta segunda-feira (26) ao programa Se Liga Bocão da Itapoan FM, falou sobre a sua pretensão de assumir o Planalto sem conchavos políticos.

Pelas ideias defendidas do político, é possível chegar ao Planalto sem fazer acordos com banqueiros e um “vale tudo político” com partidos e o financiamento eleitoral. 

Perguntado se não seria melhor um arco de alianças dos partidos de esquerda para confrontar inimigos políticos em comum, Boulos não acha isso necessário neste momento, visto que cada pré-candidato da ala esquerdista defende ideias diferentes. Lembrou que eleições em primeiro e segundo turno são feitas para isso e garantir a pluralidade de debate aos eleitores. Garantiu que o PSOL será protagonista do processo eleitoral e irá para o segundo turno no pleito deste ano.

O pessolista, ao ser questionado se desconfia da Justiça, ao dizer que se a prisão Lula for decretada pelo Superior Tribunal Federal (STF) o órgão irá se “apequenar”, afirmou que não é questão de não confiar. 

Criticou, neste quesito, a seletividade do judiciário ao lembrar da celeridade e atenção dada ao caso do ex-presidente Lula (PT) e sem focar, por exemplo, no caso do senador Aécio Neves (PSDB), cujo diálogos foram mostrados em eventual esquema de corrupção que tinha seu primo como intermediário junto à JBS de Joesley Batista. 

Teceu ainda críticas ao presidente Michel Temer. “Acho que o otimismo de Temer vai virar um livro de psicologia”, ironizou ao se referir à vontade o emedebista de sair candidato a presidente em detrimento a sua alta rejeição. 

Como também é costumeiro em suas entrevistas, Boulos também desdenhou da figura de Bolsonaro, político inimigo número um do PSOL.

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