Política

Justiça marca para 21 de junho interrogatório de Lula no processo da Operação Zelotes

Dida Sampaio / Estadão
O ex-presidente sempre negou as acusações, dizendo que jamais interferiu na aprovação de medidas provisórias  |   Bnews - Divulgação Dida Sampaio / Estadão

Publicado em 09/04/2018, às 16h30   Redação BNews


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A Justiça Federal em Brasília designou para o dia 21 de junho o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo da Operação Zelotes que apura irregularidades na compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff. A informação é do site G1. Lula é réu no processo, junto com um dos filhos, supostos tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra.

Conforme a publicação, o depoimento está marcado para as 9h, ainda sem local definido. Nesse mesmo dia, serão ouvidos Luís Cláudio Lula da Silva (filho de Lula) e os lobistas Mauro Marcondes s Cristina Mautoni, também réus no processo. A nova data foi decidida pelo juiz Vallisney de Oliveira. Ele já tinha marcado esse interrogatório para 20 de fevereiro mas, a pedido da defesa de Lula, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, desmarcou o depoimento .

O desembargador Néviton Guedes argumentou que Lula só poderia ser ouvido depois dos depoimentos de testemunhas que estão no exterior. E determinou um prazo de 4 meses para que isso ocorra. A defesa de Lula pediu que o juiz reveja a decisão de marcar o interrogatório de Lula para o dia 21 de junho. O juiz estipulou a data com base nos 4 meses dados de prazo pelo TRF-1, quando decidiu adiar o depoimento.

A data foi definida em decisão do dia 13 de março, antes da prisão de Lula, no caso do tripex no Guarujá. O pedido da defesa para rever a decisão também também foi enviado antes da prisão de Lula. O juiz Vallisney ainda não analisou o pedido da defesa.

Caças
A denúncia do Ministério Público Federal que deu origem à acao penal aberta pela Justiça é resultado de investigações sobre compra pelo governo federal de 36 caças suecos e sobre a aprovação no Congresso de uma medida provisória que envolveu incentivos fiscais a montadoras. De acordo com o MPF, os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015, quando Lula, como ex-presidente, teria participado de um esquema para beneficiar empresas junto ao governo Dilma Rousseff.

O interrogatório de Lula já chegou a ser adiado por decisão do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) – que determinou que o depoimento só ocorresse depois de ouvidas todas as testemunhas do processo, inclusive no exterior.

Os advogados do ex- presidente chegaram a indicar mais de 80 testemunhas pra depor – o que foi interpretado pelo Ministério Público, responsável pela acusação, como forma de adiar ao máximo o julgamento.

Lula é réu nesse caso por de tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro, junto com seu filho Luís Cláudio Lula da Silva e os lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni.

O ex-presidente sempre negou as acusações, dizendo que jamais interferiu na aprovação de medidas provisórias ou mesmo no processo de escolha e compra dos caças pelo Brasil.

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