Política

Pelegrino e mais seis parlamentares usam cota do Congresso para gastos de atos pró-Lula

Gilberto Junior
Despesas somam R$ 3.769,45  |   Bnews - Divulgação Gilberto Junior

Publicado em 21/04/2018, às 12h47   Redação BNews


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Parlamentares do PT repassaram ao Congresso Nacional despesas relacionadas à campanha política do partido contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato.  De acordo com o Estadão, sete parlamentares pedem reembolso gastos com deslocamento e alimentação que somam R$ 3.769,45. Um deles é o deputado baiano Nelson Pelegrino.

Pelegrino comprou passagem de Salvador para São Paulo no dia 6 (R$ 348, 78) e gastou R$ 54,90 numa cafeteria do aeroporto. Os gastos foram registrados em São Bernardo do Campo, onde Lula fez um ato no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nos dias 5 e 6 de abril. O BNews tentou contato com Pelegrino, mas as ligações não foram atendidas.

Ainda de acordo com a publicação, os valores podem aumentar, porque as bancadas têm 90 dias para enviar às respectivas casas legislativas documentos comprobatórios para pedir reembolso de despesas.

Há pagamentos de pedágio, abastecimento de veículos, táxi e Uber, passagens aéreas compradas às vésperas do voo, pão de queijo, refeições e lanches.

O senador Humberto Costa (PE) gastou R$ 1.463,78; a deputada Maria do Rosário (RS), gastou R$ 135,36; o deputado Sibá Machado (AC) pediu reembolso de R$ 580,06; o deputado Paulo Teixeira (SP) gastou R$ 165,28 em táxis e abasteceu o carro (R$ 140); o deputado Vicente Cândido (SP) abasteceu o carro em São Bernardo por R$ 202,17 no dia 7 e, na véspera, pagou R$ 57 por um almoço na cidade; o gabinete do ex-presidente da Câmara Marco Maia (RS) gastou com combustível R$ 290,02 em São Paulo e R$ 68,40.

Sem fiscalização

Câmara e Senado não fiscalizam a aplicação da cota mensal dos parlamentares – cujos valores variam conforme o Estado de origem. Os comprovantes de despesas são verificados apenas na conformidade dos tipos de gastos previstos. Os deputados e senadores são responsáveis pela veracidade e por garantir que a aplicação seja ligada ao mandato, em compromissos políticos, funcionais ou de representação parlamentar. É proibido o uso da verba para fins eleitorais.

Classificação Indicativa: Livre

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