Deputado diz que "ditos ambientalistas" que criticam o BRT calaram sobre desmatamento do metrô

O deputado estadual Pablo Barrozo (DEM) chamou de "oportunistas" os "ditos ambientalistas" que protestaram contra as obras de implantação do BRT de Salvador e que, segundo o parlamentar, silenciaram sobre o desmatamento feito pelo governo do estado para construir o metrô na Avenida Luiz Viana Filho. 

"Para que o metrô fosse implantado, mais de duas mil árvores foram suprimidas. E esses que foram protestar ontem contra o BRT se calaram, assim como vários outros ditos especialistas na área ambiental. Aliás, de uma hora para a outra, e no afã de atacar a Prefeitura, todo mundo virou urbanista na cidade", disse o demista ao BNews, referindo-se às intervenções de implementação dos corredores exclusivos para a circulação dos "ônibus rápidos". 

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Barrozo afirma que, “de forma cínica”, os especialistas defendem um VLT ligando a Estação da Lapa à região do Iguatemi e passando por avenidas como Vasco da Gama, Juracy Magalhães e ACM, por onde irá trafegar o BRT, beneficiando 340 mil pessoas que utilizam o transporte público num trajeto totalmente diferente ao do metrô, segundo a Prefeitura. "Como se o VLT não fosse também provocar a supressão de árvores. Aliás, a quantidade de árvores retirada seria maior. Eles criticam o projeto, mas não apresentam uma outra solução melhor para solucionar o problema da mobilidade e do transporte público nessa área de Salvador", disse. 

Para o parlamentar, os movimentos são nitidamente partidários. "São pessoas que não desejam que os moradores de localidades como Vale das Pedrinhas, Nordeste de Amaralina ou Vale das Muriçocas tenham acesso a um transporte mais rápido e melhor. Ou que quem circula por essas vias de carro ou mesmo bicicleta tenham condições de mobilidade mais adequadas, porque se dizem até contrários à implantação dos viadutos. São os viadutos que irão permitir a eliminação de sinaleiras e cruzamentos", afirmou. 

Barrozo classificou como acertada a política de compensação da Prefeitura para a supressão das 154 árvores que precisarão ser retiradas em função do BRT. "É preciso conciliar desenvolvimento com preservação do meio ambiente. E é isso que a Prefeitura faz ao compensar a supressão com o plantio de duas mil novas árvores na cidade".