Política

Sérgio Carneiro esclarece decisão de abandonar disputa pelo TCU

Imagem Sérgio Carneiro esclarece decisão de abandonar disputa pelo TCU
O feirense continua de olho na eleição municipal   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/09/2011, às 08h51   Luiz Fernando Lima


FacebookTwitterWhatsApp

O deputado federal Sérgio Carneiro (PT) abandonou a disputada pela vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) após ter assumido a relatoria da Comissão Especial do novo Código Civil (CPC). Com a saída, o caminho ficou livre para a também deputada Ana Arraes (PSB), mãe do governador de Pernambuco Eduardo Campos, que acabou assumindo o cargo jurídico.

Quando anunciou que sairia da disputa assim que assume a nova tarefa, Sérgio viu muitos correligionários torcerem o nariz. Estrategicamente para o partido, na avaliação deles, não era interessante abrir mão da peleja, pois perde-se poder de negociação quando a guarda abaixa.

“Quando eu saí o PT ficou perdido. Não sabia se apresentava candidato, não sabia se ia apoiar, se ia liberar. Quando juntou a bancada, eu já estava fora, 80% da bancada petista foi para Ana Arraes e 20% para o Aldo Rabelo (PCdoB)”, comentou durante a inauguração do anexo Senador Jutahy Magalhães na tarde desta quinta-feira (22).

Sobre o veto para assumir a presidência do CPC, o deputado feirense ironiza a exigência. Ele não pode porque é suplente. “Veja que estupidez regimental porque o prazo de funcionamento da comissão é o mesmo para o presidente e para o relator”, criticou.

Feira de Santana

O novo código é o assunto que circunda o deputado advogado, contudo, Sérgio nunca escondeu o desejo de assumir o comando de sua cidade, Feira de Santana. O problema é que por lá, o PT deve lançar o líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto.

Questionado se teria intenção de disputar as prévias do partido, o congressista deixa claro que se houver possibilidade vai para o confronto. “Eu espero que não precise. Na verdade, eu espero que o PT ouça seus aliados. Que ouça os representantes do PCdoB, PP, PSB. Quero que ouça os aliados. Se eles disserem que de Sérgio não querem ouvir falar, eu saio de cena. Não vou dar murro em ponto de faca. Eu seu a hora de sair, provei agora”, fez a referência com a saída da disputa pelo TCU.

O parlamentar acredita que tem boa “acolhida” entre os aliados e que eles podem ser o fiel da balança num eventual confronto com o correligionário. “Eu sou uma pessoa que agrego, que posso atrair para a base do governo uma grande coligação em Feira de Santana”, declarou confiante.

O discurso bem estruturado só precisa ser combinado com o preferido do governador, Zé Neto. De acordo com outro deputado, se Jaques Wagner não colocar a mão no ombro, não adianta chora, não se viabiliza. Portanto, Sérgio precisa conseguir sensibilizar  o comandante de seu partido se quiser levar adiante a sua intenção.

A despeito da disputa interna, a eleição que se avizinha tem ingredientes para ser das mais equilibradas. Feira de Santana vai viver um caso peculiar, no qual o atual gestor Tarcízio Pimenta (PDT), candidato à reeleição, na parte como favorito, pois o ex-prefeito José Ronaldo (DEM) lidera as intenções de votos. O que torna a indecisão petista mais perigosa para a legenda que quer comandar o segundo maior município do estado.

Foto: Paulo Macedo // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp