Política

Bahia Farm Show: Wagner insiste em plano Lula e diz que só o ex-presidente pode pautar plano “B”

Gilberto Jr. // Arquivo BNews
Ex-governador não comenta fechamento da chapa majoritária baiana  |   Bnews - Divulgação Gilberto Jr. // Arquivo BNews

Publicado em 05/06/2018, às 17h21   Luiz Fernando Lima



Timoneiro do projeto petista na Bahia até 2014, o ex-governador Jaques Wagner (PT) não assume, publicamente, o papel de condutor do processo político desde que deixou o Palácio de Ondina. Embora seja apontado por aliados como fiel da balança nas decisões de Rui Costa (PT), o pré-candidato ao Senado toca a bola para o “treinador” sempre que instado a comentar sobre a composição da chapa majoritária.

Questionado sobre o anúncio, durante a abertura da Bahia Farm Show, realizada em Luís Eduardo Magalhães, nesta terça-feira (5), Wagner afirmou que a chapa só fecha quando Rui Costa anunciar. “Ele disse que pretende anunciar até o final desta semana. Na verdade, repito, a dificuldade é aquilo que digo: é uma dificuldade boa, nós temos mais jogadores do que camisas para o técnico distribuir”.

O petista, que tem lugar assegurado na chapa (assim como João Leão e o próprio Rui Costa), no entanto, atesta que o “bom problema” está na segunda vaga para disputar o Senado, cobiçada pelo PSB com a senadora Lídice da Mata e pelo PSD com Angelo Coronel. “Mas eu acho que o grupo é maduro e a gente vai saber fazer uma conversa para que deixe todo mundo confortável para continuar junto”.

A dois meses do fim do prazo para a realização das convenções partidárias que definirão os candidatos, Wagner insiste na tese de que o PT não deve ter plano “B” a Lula. “Só quem pode falar sobre isso (outra candidatura do PT) chama-se Luiz Inácio Lula da Silva porque o patrimônio é dele. A popularidade de 60% nas pesquisas não é minha, não é de ninguém do PT, o voto que ele tem não é meu nem de ninguém do PT, é dele. Por tudo que ele conseguiu fazer e é por isso mesmo que ele é perseguido. As pessoas sabem o que ele representa. Eu vou continuar dizendo não tem outro plano, nós vamos com ele. Até porque seria uma covardia e uma falta de lealdade sentir um companheiro agredido, perseguido, em uma situação de absoluta injustiça reconhecida pelos maiores juristas do mundo e a gente procurando outro candidato. A gente vai com ele até a última gota de suor e sangue”.

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