Josué diz que Alckmin pode ficar à vontade para escolher outro nome e preocupa centrão

A primeira conversa de Josué Alencar (PR-MG) com o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) foi uma ducha de água fria para o tucano. Ao contrário do que se esperava, o empresário mineiro mostrou-se reticente a abraçar a vaga de vice-presidente.

Josué, primeiro, disse que achava que somaria pouco à campanha do ex-governador paulista, pois ele já conta com um bom cabo eleitoral em Minas, segundo o empresário, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que vai disputar o governo local. Depois, emendou que preferia deixar Alckmin "à vontade" para escolher um outro nome.

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Diante de apelos do tucano e do cacique do PR, Valdemar Costa Neto, que o indicou ao posto, Josué disse que iria consultar a família e pensar sobre o assunto.

Josué já havia externado raciocínio semelhante a integrantes do centrão. Os partidos que compõem o bloco capitaneado por PP e DEM, ao qual o PR se somou, receberam a informação com espanto e trabalham para amenizar o quadro e convencer o empresário a ficar com a vaga.

Segundo o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA), Valdemar saiu do encontro e Josué continuou conversando reservadamente com o tucano. Ao Estadão, Rocha contou que apesar de não ter fechado questão, o empresário “acha que o Alckmin é que deve realmente ser o presidente do Brasil”.

O deputado baiano também rebateu o argumento apresentado por Josué de não somaria à candidatura. "Valdemar e eu discordamos, achamos que ele acrescenta e muito".  

"Eu não entendo como um não nem como uma mineirice exagerada de humildade. Certamente o governador (Alckmin) deve se pronunciar", disse Zé Rocha ao Estadão.

Josué é filho do ex-vice-presidente José Alencar, que subiu a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Lula, em 2003 e 2007. O vínculo afetivo de sua família com o petista é um dos entraves à parceria com Alckmin. O partido de Lula sempre lembra o empresário da parceria histórica entre sua família e o PT.