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Acusada de manipulação no Carf, Paranapanema teria pago R$ 8 milhões de suborno

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Empresa conseguiu se livrar de débitos de cerca de R$ 900 milhões em 2014  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 26/07/2018, às 15h56   Redação BNews


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A nova fase da Operação Zelotes deflagrada, nesta quinta-feira (26), tem como um dos alvos a empresa metalúrgica Paranapanema. Segundo o procurador Frederico Paiva, um dos responsáveis pela investigação, a empresa é suspeita de ter corrompido agentes públicos e privados para manipular julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e teria feito pagamento de R$ 8 milhões aos envolvidos no esquema. 

O empresário e economista Roberto Giannetti da Fonseca, que é ligado ao PSDB e ao pré-candidato Geraldo Alckmin, teria recebido R$ 2,2 milhões em propina para favorecer a Paranapanema, que conseguiu se livrar de débitos de cerca de R$ 900 milhões no Carf em 2014.

Giannetti, por meio de sua empresa de consultoria, teria formado uma sociedade com um escritório de advocacia que atuou no repasse de recursos recebidos da Paranapanema para uma conselheira do conselho da Receita Federal e um advogado que teriam atuado de forma ilícita junto aos responsáveis por julgar o caso.

Em nota enviado ao BNews, a empresa Paranapanema explicou que a companhia, seus administradores ou gestores atuais não foram alvo ou notificados oficialmente. "A Companhia repudia quaisquer atos de ilegalidade e conta com rigorosas políticas de controle e conformidade, que têm sido permanentemente aprimoradas."

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