Política

Estudantes questionam prefeitura de Irecê sobre mudança de casa universitária em Salvador

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Prefeito Elmo Vaz diz que ação reduzirá gasto mensal de R$ 30 mil para R$ 13 mil   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 08/08/2018, às 23h14   Eliezer Santos


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Estudantes do município de Irecê que residem em moradia universitária em Salvador questionam a decisão da prefeitura do interior de transferir do Rio Vermelho para o Campo da Pólvora a casa onde vivem.

O presidente da Associação de Estudantes de Irecê, Aécio Medeiros, diz que o atual imóvel tem 24 quartos e abriga 29 estudantes atualmente, ao custo mensal de R$ 23 mil em despesas com aluguel (R$ 15 mil), IPTU e contas de água e luz. Ele defende a permanência no local em virtude da acessibilidade e segurança que o Rio Vermelho oferece.

Segundo ele, a casa já recebeu 72 pessoas, mas “acolhe confortavelmente” 55, com ocupação de dois a três estudantes por quarto. 

Aécio alega que não foi notificado oficialmente pela prefeitura e que mudança está prevista para essa sexta-feira (10). “Ontem fomos surpreendidos com uma empresa de mudança fazendo o inventário da casa. Nós nem temos nada”, disse ao BNews nesta quarta-feira (8). Ele contou que soube por terceiros que um rapaz identificado como Eduardo Almeida fez comunicado oral a alguns estudantes em nome da prefeitura sobre a saída da casa.

Com a mudança, a prefeitura informou que o gasto mensal de R$ 30 mil será reduzido para R$ 13 mil, com economia anual de R$ 150 mil. E pontua que a nova moradia fica a menos de 100 metros da Metrô Campo da Pólvora.  

“Com a criação do Programa Municipal de Assistência Estudantil (Promae) o município passou a apoiar no primeiro ano 150 estudantes em 25 cidades do país, e essa redução de gastos vai ajudar a custear a bolsa integral de 40 dos 150 beneficiados”, disse o prefeito Elmo Vaz.

Eduardo Almeida, citado por Aécio Medeiros, é coordenador do Promae. “A nova casa possui uma estrutura excelente e está muito bem localizada, com nove quartos, alguns com suíte, além de três cozinhas”, descreve Almeida. 

Em contraponto à economia anunciada, o presidente da Associação dos Estudantes de Irecê afirma que, para rescindir o contrato de aluguel – que só encerraria em dezembro deste ano -, a prefeitura terá que pagar multa de R$ 15 mil.

Ele argumenta que a migração para uma residência menor impedirá a chegada de novos estudantes e que a prefeitura quer, aos poucos, encerrará o funcionamento do imóvel em Salvador.

“Queria que nos desse o direito de dialogarmos. Se nós mudarmos, só vai diminuir, até acabar como aconteceu com outras cidades. O Rio Vermelho é mais seguro, é policiado, tem tudo perto”, completa Aécio Medeiros, que cursa o 8° semestre de Direito na Faculdade 2 de Julho no bairro do Garcia.

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