Política

Walter Pinheiro lamenta o incêndio de grande proporção que atingiu o Museu Nacional

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Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica  |   Bnews - Divulgação Arquivo / BNews

Publicado em 03/09/2018, às 11h37   Redação BNews


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O secretário da Educação do Estado da Bahia e senador licenciado, Walter Pinheiro, lamentou o incêndio de grande proporção que atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. As equipes permanecem no local fazendo o trabalho de rescaldo para debelar pequenos focos de fogo até a manhã desta segunda-feira (3).

"O incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi reflexo do descaso praticado pelo corte de verbas da Cultura, da Educação e da Ciência e Tecnologia. Mais de 200 anos de nossa cultura e história foram consumidos pelas chamas, incluindo verdadeiros tesouros da Bahia, que faziam parte do magnífico acervo. O museu abrigava o Meteorito de Bendengó, o maior já encontrado no Brasil, localizado em 1784, em solo baiano. Outra perda irreparável foi o fóssil da Preguiça Gigante de Jacobina, que media mais de seis metros de comprimento. O Museu Nacional era a instituição científica mais antiga do País e possuía mais de três milhões de itens, configurando-se como o maior acervo da América Latina. Esta perda é irreparável para a nossa memória, história, cultura e para a nossa pesquisa científica", disse o senador.

O fogo começou depois que o local já havia encerrado a visitação —tanto do museu quanto do zoológico, que também fica na Quinta da Boa Vista. Não há informações sobre vítimas.

Segundo o comandante-geral dos bombeiros do Rio, Roberto Robadey, o combate ao fogo foi prejudicado por falta de água nos hidrantes próximos ao edifício. Os bombeiros tiveram que apelar a caminhões-pipa e até para a água do lago próximo.

Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção.

Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces descascadas e fios elétricos expostos.

A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em junho —foi fundada por dom João 6º em 1818. 

Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto.

Classificação Indicativa: Livre

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