Política

Neto diz ter “esperança” que governo Bolsonaro quebre domínio do PT na Bahia e Nordeste

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Segundo ele, para isso é preciso a implementação de políticas contundentes voltadas para o Nordeste, sem acabar com os programas sociais existentes   |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 31/10/2018, às 11h31   Fernanda Chagas


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O presidente nacional do DEM, prefeito de Salvador, ACM Neto ao comentar o resultado das eleições, que aponta a vitória do Partido dos Trabalhadores (PT) nas suas principais zonas eleitorais, diz ter esperança de que a gestão de Jair Bolsonaro (PSL) possa quebrar o domínio da sigla adversária na Bahia e no Nordeste. 

Não apenas os candidatos apoiados pelo prefeito, a exemplo de Zé Ronaldo (DEM), como o próprio presidente eleito perdeu para o PT em Salvador e no estado. Bolsonaro foi derrotado ainda na região Nordeste. 

Ele perdeu para Fernando Hadadad (PT) em todas as 19 zonas eleitorais de Salvador no segundo turno das eleições, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O candidato petista teve 68,59% dos votos válidos (985.532), enquanto o adversário ficou com 31,41% (451.273), na capital.

Em todo estado, o presidente eleito venceu apenas em quatro dos 417 municípios, enquanto o candidato petista teve maioria dos votos no estado, fechando a apuração com 72,69%.  Na região Nordeste Haddad registrou 69,7% dos votos válidos contra 30,3% dos votos válidos do candidato do PSL. No total, Haddad contabilizou 20,3 milhões de votos; e Bolsonaro, 8,8 milhões. 

Em conversa com o BNews, Neto disse respeitar a decisão do voto. “Afinal de contas, eu sou um democrata e a população tem o livre direito de fazer suas escolhas e de apontar os seus caminhos, mas se a gente fizer uma retrospectiva histórica, o PT era muito fraco no Nordeste. No governo de Fernando Henrique Cardoso o grande partido da região era o PFL, aí o PT chega ao poder e isso muda, pois ele veio acompanhado de todo um conjunto de políticas que na época da campanha, pela tentativa de impor o medo, as pessoas acabavam a se perguntar: será que algum governo vai chegar e acabar com o bolsa família, vai desvalorizar a política do salário mínimo, vai acabar com os programas sociais e agora pela primeira  depois de 16 anos, depois de 2002 quando Lula chegou ao poder pela primeira vez nós temos a oportunidade de acabar com esses mitos”, justificou. 

O presidente nacional do DEM, no entanto, credita a responsabilidade para acabar com o que ele classifica de mito, ao presidente eleito. Segundo ele, para isso é preciso a implementação de políticas contundentes voltadas para o Nordeste, sem acabar com os programas sociais existentes.  

"Claro que isso vai depender do governo eleito, vai depender do presidente da República que assume no dia 1º de janeiro, de chegar e não acabar o bolsa família, de não desrespeitar a política de valorização do salário mínimo, de não acabar com os programas sociais. Eu, particularmente, tenho a esperança, a expressão é essa, de que o governo federal possa fazer um trabalho voltado para o Nordeste, com políticas contundentes, que possa a acabar com esses mitos e que de uma vez por todas imploda esse discurso do PT e aí as coisas mudem e em um espaço médio de tempo acabe com esse domínio do PT”, enfatizou. 

O democrata não perdeu a oportunidade de citar que em 2012, quando se elegeu prefeito de Salvador, uma camada da cidade mais pobre que não votou nele. “Quatro anos depois ganhei em todas elas com mais de 70% porque os medos, os mitos deixaram de existir. Então, a oportunidade que nós temos é essa”, conclamou. 

Classificação Indicativa: Livre

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