Política

Everaldo concorda com Isidório e diz que tem que colocar "cerca" em toda oposição irresponsável

Dinaldo Silva/Arquivo Bocão News
Sobre o provável apoio de Isidório à administração de Bolsonaro, disse preferir que ele não vai se diferenciar nas suas posturas  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/Arquivo Bocão News

Publicado em 03/11/2018, às 10h45   Fernanda Chagas


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O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação concordou com o aliado, deputado federal eleito Sargento Isidório (Avante) de que é preciso colocar “uma cerca” em toda oposição irresponsável. Isidório, entretanto, se referiu aos petistas em relação à futura gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e, nesse caso, o líder do PT preferiu minimizar. 

Em conversa com o BNews, o deputado mais votado da bancada baiana, que apoiou Bolsonaro no primeiro turno das eleições e Fernando Haddad no segundo, polemizou ainda ao afirmar que alguns comentários do integrante do PSL foram do calor do momento, a exemplo a de que ele faria uma faxina e que os marginais vermelhos seriam banidos do país”. 

“Ele já declarou que falou no calor do momento, mas vai me dizer que não tem petista ruim. Tem que mandar passar cerca de arame mesmo. Tem petista dizendo que já e oposição sem nem mesmo começar o governo. Quero ver Rui [Costa]cair numa dessa”, criticou o deputado, referindo-se, ao que classifica, como forma irresponsável de alguns fazerem oposição. 

Everaldo, por sua vez, reiterando o discurso de Isidório, disse que: “Acho que tem colocar cerca em toda oposição irresponsável em qualquer governo”. Nessa linha, ele assegurou que o seu grupo faz uma oposição natural.

“De quem tem ideais diferentes ao que ele [Bolsonaro] propõe. No entanto, é preciso vigilância, em especial nesse momento em que fazem movimentações juntos ao governo Temer, a exemplo da votação da reforma da Previdência. Teremos um olhar ativo, pois trabalham para que algumas coisas aconteçam antes da posse”, explicitou. 

Para o dirigente do PT, a confirmação do nome do juiz Sérgio Moro para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma demonstração clara do que que foi a campanha e de que como isso foi articulado para prejudicar o PT. “O que demonstra como vai ser a postura do PT: dialogando, mas vigilante, sem nos iludir e combatendo veementemente a postura de ódio, de homofobia que foi colocada nas ruas”, desabafou.

Sobre o provável apoio de Isidório à administração de Bolsonaro, disse preferir acreditar no que ouve nas reuniões dos conselhos políticos.

“Ele sempre cita o governador Rui Costa e o ex-governador Jaques Wagner como referências e eu prefiro acreditar que ele não vai se diferenciar nas suas posturas. Mas, é obvio que nós sabemos que ele é um aliado que tem uma linha que não é sempre política, não é petista”, admitiu.  

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