Política

Ministro Sérgio Moro deve fortalecer os policiais, espera a categoria

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Na avaliação dos profissionais, Moro realizará uma maior integração entre os órgãos de prevenção e repressão  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 03/11/2018, às 21h48   Redação BNews



A confirmação do juiz Sérgio Moro como novo ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PSL) agradou delegados da Polícia Federal. Na avaliação dos profissionais, o fato de Moro conhecer à fundo o sistema de Justiça Criminal e “as práticas complexas delitivas desvendadas ao longo das fases da Operação Lava Jato”, permitirá que realize uma maior integração entre os órgãos de prevenção e repressão.

Para a Associação de Delegados da Polícia Federal em São Paulo e de dois sindicatos que atuam na área (SINDPF-SP e SINDESP), o novo ministério da Justiça reflete um momento histórico em que mudanças reais podem ser esperadas na Justiça e na Segurança Pública. “Um passo adiante no combate à corrupção, que não pode retroceder em nosso país, já que se trata de mal endêmico que sofreu abalos com a Operação Lava Jato, mas que, mesmo assim, insiste em se manter ativo”, destacaram as entidades.

Na visão delas, o futuro ministro terá maior autonomia para operacionalizar ações que, de fato, imponham barreiras críveis no avanço da corrupção. “Moro terá sobre si a incumbência de exercer tal poder para atacar todas as nuances desse delito, através dos braços de um estado que, em si mesmo, está permeado desse mal e, por isso, poderá precisar cortar na própria carne”, acrescentaram.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) concordou e disse que Moro é credenciado para a função por sua “carreira brilhante e atuação notável na Operação Lava Jato e em outras ações de combate ao crime organizado e à corrupção sistêmica”. “Esperamos que o novo Ministro da Justiça apoie medidas legislativas de fortalecimento e proteção da Polícia Federal contra influências do poder político e econômico e que sua gestão deixe como legado uma estrutura normativa e executiva pronta para que as instituições funcionem independentemente de quem estiver no comando da ocasião”, disse a nota da ADPF.

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