Política

Delator confirma participação na reforma de sítio para Lula

Gilberto Júnior/Arquivo/BNews
O engenheiro responsável afirmou que precisaria de pelo menos R$ 500 mil para fazer a obra  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/Arquivo/BNews

Publicado em 05/11/2018, às 20h05   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Em depoimento à juíza Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro, o ex-executivo da Odebrecht Carlos Paschoal confirmou que participou de intervenções no sítio de Atibaia para o ex-presidente Lula. O delator da Operação Lava Jato fez a declaração, nesta segunda-feira (5), na sede da Justiça Federal em Curitiba.

Paschoal disse que foi procurado pelo empresário Alexandrino Alencar para ajudar a organizar a reforma no sítio, que seria utilizado pelo então presidente. Inclusive, afirmou que Alencar havia conversado com Emílio Odebrecht e este autorizou que ele atendesse esse pedido.

O delator ainda confirmou que Alencar tinha ligação tanto com ex-presidente Lula quanto com Emílio Odebrecht. “Ele me disse que não sabia ao certo o que precisava ser feito. Me entregou um papel com um nome e um número de telefone, que era quem iria me dizer o que deveria ser feito”, acrescentou. Paschoal encaminhou o caso para o engenheiro da equipe mais qualificado para a obra e estava avisado que a Odebrecht não poderia aparecer como empresa que havia executado a obra. 

“O engenheiro responsável afirmou que precisaria de pelo menos R$ 500 mil para fazer a obra e de prazo de pelo menos 30 dias, maior do que eles tinham pedido. As informações foram repassadas a Alexandrino e as obras foram autorizadas nessas condições”, descreveu. Paschoal disse não ter certeza de onde veio o dinheiro para a construção, mas imagina ser de Caixa 2. Depois, segundo o delator, ainda foi pedido mais R$ 200 mil por adicional de custos e excesso de chuvas.

Outros 11 réus ainda deverão prestar depoimento à Justiça Federal até o dia 14 de novembro, quando Lula será ouvido.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp