Política
Publicado em 09/11/2018, às 19h45 Redação BNews
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a dois dias da aplicação das provas de matemática e ciências da natureza. Em transmissão ao vivo em suas redes sociais, nesta sexta-feira (9), ele avisou que, ao assumir o governo, não permitirá a inclusão de determinadas questões no exame.
Na avaliação de Bolsonaro, o Enem deve tratar sobre “o que interessa”, citando geografia e história, por exemplo, pois o Brasil é um “país conservador” e seu objetivo como presidente é pacificar. Ele acredita que questões polêmicas geram brigas e divergências desnecessárias, se referindo à questão de linguagens que mencionava o "pajubá, dialeto secreto de gays e travestis" como exemplo de patrimônio linguístico.
Com a justificativa que a educação deve se preocupar em “ensinar”, o presidente eleito também censurou as discussões sobre ideologia de gênero nas escolas. “Que importância tem ideologia de gênero?”, questionou. Na opinião dele, “quem ensina sexo é papai e mamãe”.
As universidades também foram alvo do novo presidente. Ele lembrou uma visita feita à Universidade de Brasília (UnB), quando se disse surpreso por ter visto maconha, “preservativo no chão e cachaça na geladeira”. Por isso, disse que parte das universidades não se preocupa com educação.
Para Bolsonaro, a escolha do futuro ministro da Educação será um desafio. “Educação é complicado”, falou.
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