Política

Líder da oposição critica proposta de aumento na contribuição previdenciária para o servidor

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O deputado citou que esse assunto nunca veio à tona antes ou durante as eleições  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 23/11/2018, às 20h02   Márcia Guimarães


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O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Luciano Ribeiro (DEM), em entrevista ao BNews nesta sexta-feira (23), questionou o governador Rui Costa e o deputado Zé Neto, ambos do PT, sobre as declarações referentes ao aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 12% para 14% para o funcionalismo público. Para Ribeiro, "falta transparência e sobra má gestão".

“Por que só agora o governo admite que é necessária uma reforma da Previdência? Por que só agora ele admite que a Previdência é deficitária, sendo que passaram uma vida inteira dizendo que isso era balela? O que estão fazendo é uma reforma, pois você pode reformar a Previdência de diversas formas, com a alteração da alíquota ou aumentando a idade, por exemplo. Eles viviam a vida inteira dizendo que o Brasil não precisava de reforma da Previdência, que faltava gestão e que ela era extremamente superavitária”, destacou Ribeiro. O deputado citou que esse assunto nunca veio à tona antes ou durante as eleições. 

“A população baiana nunca ouviu o governador dizer isso, mas eu passei quatro anos falando que a Bahia estava indo para um caminho sem volta. Pós-eleição, o governador traz isso à tona e trata como se fosse uma coisa que aconteceu agora. Não é, são fatos que vêm ocorrendo e era previsível que iam acontecer", diz o parlamentar.

Ribeiro também afirma que a gestão teria prejudicado o Baprev. “É muito grave o que está acontecendo. A questão do Baprev não está sendo cogitada, mas ele é uma previdência que vai ter lá na frente e que o governador o descapitalizou, o que causará prejuízos no futuro”, alertou. 

Como opções para não aumentar a alíquota para os servidores, ele apontou a retirada de cerca de 700 cargos na Secretaria de Administração. Segundo o deputado da oposição, outras alternativas são diminuir o estado, reduzir custos, ser mais transparente, combater a corrupção, não sacrificar o servidor e tornar a máquina eficiente. 

“As reformas têm que ser feitas de forma transparente, conversando com a população. Não dá aceitar que se passem quatro anos, passe uma eleição sem que esse debate tenha sido feito e logo depois da eleição vem o governador dizer que o estado está quebrado. Não dá para entender! Tem que buscar uma reforma que seja menos onerosa ao cidadão e ao servidor público”, acrescentou.

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