Política

Será um remédio amargo para a popularidade do governo, diz cientista político sobre projetos de austeridade de Rui Costa

Vagner Souza/BNews
"Teria sido útil ter um diálogo, uma discussão previa, com os sindicados"  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 13/12/2018, às 11h34   Guilherme Reis


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Para o cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Joviniano Neto, o governador Rui Costa (PT) não dialogou com os sindicatos e com os servidores sobre a reforma administrativa aprovada nesta quarta-feira (12) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). 

“O governo bem ou mal conseguiu manter as contas e pagar os servidores. Vai enfrentar um cenário federal adverso, economia crescendo lentamente. Ele seguiu a teoria de Maquiavel de que o mal deve se fazer de uma vez só, e o bem, aos poucos. Teria sido útil ter um diálogo, uma discussão prévia, com os sindicados, para que não fossem pegos de surpresa e não reagissem no desespero”, avaliou em entrevista ao BNews

De acordo com o especialista, a popularidade do governo será prejudicada. “[O diálogo] seria melhor para a relação política e a imagem do governo, que saiu desgastado diante da conjuntura que irá enfrentar. Se foi um remédio amargo para os servidores, será também para a popularidade do governo”, acrescentou.

Entre as medidas aprovadas, estão o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores de 12% para 14% e o rebaixamento da Conder para uma superintendência. A sessão estava marcada para a terça-feira (11), mas foi adiada para ontem após sindicalistas invadirem o plenário. 

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