Política

Presidente vai demitir Orlando Silva

Imagem Presidente vai demitir Orlando Silva
Dilma está certa de que o desgaste político do ministro é irreversível   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/10/2011, às 09h33   Redação Bocão News


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Preocupada com a crise no Ministério do Esporte, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência logo que chegou de Angola, na noite de quinta-feira (20), com a coordenação política do governo.

Apesar de não ter certeza do envolvimento do ministro baiano Orlando Silva em fraudes nos convênios da pasta, Dilma está certa de que o desgaste político é irreversível, e decidiu, segundo informações do Estadão, demitir Orlando. A tendência é que o ministério continue nas mãos do PC do B.

Dilma ouviu os relatos do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, sobre o andamento das investigações na Polícia Federal e no Ministério Público. A pedido de Orlando, a Advocacia-Geral da União impetrou queixa-crime contra o policial militar João Dias Ferreira e o motorista Célio Soares Pereira, que o acusam de desvio de recursos no programa Segundo Tempo.

A saída de Orlando é considerada questão de tempo pelo Palácio do Planalto. Auxiliares de Dilma suspeitam de ações da Fifa e da CBF para desgastar o ministro, mas o PC do B vê o dedo do PT na operação e avisou que abrirá guerra contra o governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, caso seja abandonado à própria sorte.

Ainda em Angola, Dilma defendeu Orlando e o PC do B, definido por ela como um aliado histórico. "Não se faz apedrejamento moral de ministro", afirmou. "Temos de apurar os fatos, temos de investigar. Se apurada a culpa das pessoas, puni-las. Agora, isso não significa demonizar quem quer que seja, muito menos partidos que lutaram no Brasil pela democracia." Dilma qualificou como "tolice" os comentários de que o governo está em rota de colisão com o PC do B.

Na reunião do PC do B, dirigentes não pouparam críticas ao PT, acusado de estar por trás do inferno astral de Orlando, de olho no milionário orçamento da Copa, e decidiram partir para o enfrentamento contra petistas e a imprensa. A portas fechadas e sob pressão, lembraram que o suposto esquema de irregularidades nos convênios começou quando Agnelo - então filiado ao PC do B - era o ministro.

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