Política

Felix Mendonça Jr. é contra a manutenção de ministro condenado no Governo Bolsonaro

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O futuro presidente acredita que a condenação de Salles seria resultado de uma disputa política contra as posições do novo governo para a área ambiental  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 23/12/2018, às 11h35   Márcia Guimarães


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Mesmo condenado em primeira instância por improbidade administrativa, o advogado Ricardo Salles está mantido como ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PSL). A decisão do presidente eleito contraria o que ele pregou durante toda a campanha eleitoral e após conquistar a Presidência da República, que "ficha suja não fica no governo". 

Segundo fontes próximas a Bolsonaro, o futuro presidente acredita que a condenação de Salles seria resultado de uma disputa política contra as posições do novo governo para a área ambiental, e não de desvio ou corrupção.

Para o deputado federal Felix Mendonça Jr. (PDT), coordenador da bancada baiana na Câmara dos Deputados, manter uma pessoa que já foi condenada, mesmo que em primeira instância, não condiz com o que Bolsonaro preconiza. “A linha que o presidente eleito pregou é a de combate pleno à corrupção. Manter um condenado em qualquer ministério ou cargo é muito ruim porque tira a ideia que ele pregou durante toda a eleição”, afirmou o parlamentar.

Na avaliação dele, a situação é muito maior que o meio ambiente, se refere à filosofia do novo governo. Felix Júnior aposta que Bolsonaro irá voltar atrás e colocará outra pessoa para assumir a pasta.

Sobre as expectativas para o Meio Ambiente, o deputado espera que o novo ministro mantenha as políticas internacionais referentes ao tema, preserve a fauna e a flora brasileiras e permita o crescimento econômico sem radicalismo. “É preciso permitir que se construa riquezas no Brasil combinado com o meio ambiente. Se vai fazer algo que degrade o meio ambiente, que essa degradação seja recuperada em outra posição. Os dois lados não podem sair perdendo, precisam viver de forma harmônica. O Brasil precisa crescer e nenhum dos dois (crescimento econômico e meio ambiente) pode ser radical”, avalizou Felix Jr.

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